quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Bragança - Beja (Colagem das estradas N15, N220, N102, N16, N3, IP2 e N18)


Depois de ter feito uma travessia de Portugal de Sul a Norte, desde Faro até Chaves, cumprindo a maior estrada Portuguesa, e tão famosa Estrada Nacional 2 (EN 2), com cerca de 740 quilómetros, fiquei com vontade de a comparar com uma outra travessia, que me tinha sido apresentada em forma de track, pelo meu Amigo "Cadima" (Eduardo Ribeiro). Na altura, e quando encetámos o tema EN 2, chegámos à conclusão que esse verdadeiro ex-libris de Portugal poderia ser algo perigoso, por ter muito trânsito, logo, deveríamos fazer uma ligação mais tranquila e interior, onde tivéssemos menos cruzamentos com veículos a motor.
Pois a conclusão a que cheguei, depois de fazer as duas travessias, é que a EN 2 tem muito menos frequência de carros do que esta colagem de estradas nacionais agora descrita. Como exemplo, posso dizer que estive mais de uma hora sem que por mim passasse viva alma, quando cumpria os quilómetros da EN 2, nos distritos alentejanos, enquanto que nesta versão, deu-se um pouco o caso oposto, isto é; - Estradas há, nomeadamente os troços da Nacional 18, entre o Fundão e Castelo Branco e depois, mais a Sul, entre Cuba e Beja, em que a presença de carros é praticamente constante.

Num post que se seguirá a este, deixarei aqui a versão desta colagem de estradas - Alternativas à EN 2 - com a ligação completa entre a fronteira a Norte (com Espanha), em Rio de Onor, e a zona de veraneio Algarvio, no concelho de Castro Marim. Juntando a estas estradas referidas, a N 308 (Rio de Onor-Bragança) e a N122 (Beja-Vila Real de Santo António), que por mim foram atravessadas em ocasiões anteriores. A Norte, usando as ligações de Bragança a Rio de Onor para encetar as "Travessias Autonómica de Portugal" (Rio de Onor - Cabo de São Vicente - Sagres - Lagos), a "do Norte", entre Rio de Onor e Viana do Castelo" e a Sul, usada quando fiz a minha prospecção às marcações do Caminho Português de Este. - Todas em BTT.

Neste post específico - quer por já ter andado nas estradas anteriormente descritas, quer por ter, nesta viagem, o tempo relativamente controlado - apenas me refiro à  ligação entre Bragança e Beja.
Foi assim que completei este traçado de estrada, com mais de 580 km. Usando uma tarde de quinta-feira, de Dezembro de 2013, para ligar a cidade bragantina a Macedo de Cavaleiros (depois de já ter vindo de Lisboa nesse dia, via expresso), e a sexta, sábado e domingo seguintes para chegar a Évora, e mais uma manhã, para atingir Beja, aproveitando o restante dia para regressar a Lisboa de camioneta.

Referências do Trajecto:

Bragança - Macedo de Cavaleiros - Foz do Sabor - Torre de Moncorvo - Pocinho - Vila Nova de Foz Côa - Celorico da Beira - Vale do Mondego - Guarda - Belmonte - Orjais - Teixoso - Covilhã - Fundão - Serra da Gardunha - Alpedrinha - Alcains - Castelo Branco - Barca de Alva - Nisa - Alpanhão - Portalegre - Monforte - Estremoz - Évora Monte - Évora - Viana do Alentejo - Alvito - Cuba - Beja.
Ligação proposta entre Bragança e Beja, para completar toda uma linha de progressão - Alternativa à Estrada Nacional 2 (EN 2) - Que se estende desde Rio de Onor, Bragança, até Castro Marim, Faro.





...Uma foto-animação do Google + que não foge muito à realidade. Na tarde que usei para ligar Bragança a Macedo de Cavaleiros, em que tive que atravessar a Serra da Nogueira, estava um frio assinalável...





...Se nesse primeiro dia, no topo da Nogueira, apesar do frio que rondava os 0 graus, acabou por não nevar, o mesmo já não posso dizer do que se passou na manhã do dia seguinte, quando desci da Serra de Bornes. Desse ponto do Nordeste Transmontano para o Vale do Rio Sabor, apanhei uma grande molha gelada que estava escondida por baixo desta bela imagem fotográfica...
- Só me voltei a libertar desta maleita, muito perto do Rio Douro, na descida que me levou de Torre de Moncorvo ao Pocinho.





O segundo dia terminei-o em Celorico da Beira. Esta cidade do Distrito da Guarda, para mim desconhecida até então, foi uma agradável surpresa. Não só pelo castelo e belas paisagens do vale do Mondego, como pelas gentes e forma de estar, bem descontraída.






Depois de ter atravessado todo o Vale Glaciar que transporta o Rio Zêzere, e na continuação da passagem e contorno de todo o Parque Natural da Serra da Estrela, já no distrito de Castelo Branco, passei à beira da Covilhã....





...De onde segui para o Fundão, e depois, através da Serra da Gardunha para Castelo Branco. Cidade onde acabei por terminar mais um dia de viagem.
A passagem pela Serra da Gardunha é espectacular, não só pelas vistas sobre a Serra da Estrela (inclusivamente vê-se a torre), como pelas próprias ascensões.





Por mim várias vezes visitada noutras ocasiões, aliás quase sempre que faço voltas que incluam Castelo Branco na rota, é por lá que costumo pernoitar, curiosamente, foi a primeira vez que fiz uma visita mais maturada ao Castelo da Cidade. 
- vale a pena!




As famosas "Portas do Rodão" em Vila Velha do mesmo nome, onde passamos o Rio Tejo para Sul e onde se dá a entrada no Alentejo, a caminho de Nisa.
Aqui, o frio era tanto que até o movimento das águas provocava neblina.


G.R.

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