domingo, 8 de maio de 2011

Dicas para preparar uma viagem de BIKE com alforges. Parte 3 (preparação da Bicicleta)

...E a saga contínua...

Repito aqui o texto introdutório do POST ANTERIOR, para que o trecho seguinte, parte integrante deste assunto no seu capítulo 3º, possa ficar enquadrado com a temática em causa, e, para prestar toda a informação a quem aceda somente a esta mensagem, sem ver ou sequer ter conhecimento que este post é parte de um grupo, contendo informação sobre o separador; DICAS PARA PREPARAR UMA VIAGEM DE BIKE COM ALFORGES.

Outro(s) dos posts que tenho por aqui em rascunho, e que há muito está por publicar; Refere(m)-se a alguns excertos de um certo livro (ou uns escritos pessoais, se assim o quisermos…), em que por jeito de brincadeira, mas também por necessidade interior, de certa forma incentivada por alguns Amigos de pedaladas, onde obviamente se destaca o meu colega de tantas aventuras e co-autor adormecido deste blog (em hibernação, será mais correcto).

Não só, mas também, por tais escritos corresponderem na sua generalidade a um certa peregrinação que eu e o “ZebroCLINAS” efectuamos pelo Caminho Francês de Santiago… aqui atrasado, mais precisamente em finais de Agosto de 2006.

Totalmente enquadrados num separador, que, apesar de há muito presente neste blog, nunca deve ter sido explorado pela grande maioria de vós… Leitores. – De seu título: Excertos do: - Voltar a criar vontade de regressar. Em que aos poucos e sempre que se tem justificado, tenho exposto algumas partes desse tratado.

Pois, o que me volta a trazer a este separador, é, mais uma vez, a vontade de partilhar, agora que a época das chuvas vai passando e que vêem aí os projectos à muito programados por alguns (…e cada vez mais…) de nós; - Ciclistas aventureiros, que eventualmente planeiem fazer um viagem de bicicleta com/ou sem o auxilio de alforges.

Por ter consciência que a minha experiência neste ramo, de há muito alimentada por quem tem mais rodagem, e que por uma razão ou outra me foi passando alguns dos seus conhecimentos, acho agora (…e sempre…) que devo partilhar tais ideias, e esperar que estas possam ser factor de ajuda a outrem, que por alguma razão, tenha dúvidas na preparação dos ditos projectos, ou simplesmente para alimentar a curiosidade, quiçá, aguçar a vontade para criar algo.

Aqui vai :

(Estes escritos são de 2006, logo, muitos dos pontos vão merecer um ou outro apontamento, por estarem desenquadrados na época ou no espaço)

Há alguns pormenores a ter em conta na preparação da bicicleta para uma viagem deste tipo (tudo o que seja mais de dois dias), tais como: - Usar pelo menos dois cantis de água, se possível dos grandes, porque há períodos em que não se encontra qualquer tipo de abastecimento líquido, sólido ou do que quer que seja, especialmente se a viagem for, como foi o caso, no período quente (muitos de vós/nós já usam o camelbak, eu próprio, já o fiz inúmeras vezes, mas confesso que estou tentado a ir deixando de usar. Por muito boa vontade que queira ter, não há como o conforto de não ter nenhum extra nas costas); Lanterna de cabeça; Luz para a bicicleta (nunca se sabe se não será necessário andar de noite, ou de manhã, tão cedo que o sol ainda não tenha nascido); guarda-lamas; óleo extra para a corrente; uma capa porta mapas, com os respectivos lá dentro, além da informação que se consiga reunir acerca das regiões e populações com as quais vamos ter contacto, assim como as suas culturas e os seus costumes, as suas comidas, etc., etc; fotocópia dos documentos importantes que devemos guardar, separados dos verdadeiros; um pequeno saco térmico onde pomos a alimentação para o percurso; oleado ou uma manta impermeável, no caso de ser necessário tapar os alforges ou abrigar da chuva (sem dúvida que os sacos de plástico azul do "IKEA" são os melhores. Com uma pequena adaptação, encaixam que nem uma luva, tapando o conjunto de colchão e alforges); um pouco de corda ou elástico grandes, muitas vezes é preciso atar algo e não se sabe com o quê, ou mesmo estender uma roupa; convém também que a bicicleta tenha um descanso, porque paramos muitas vezes por todo tipo de razões, e nem sempre há um local para encostar a bici, esse descanso deve ser de apoio traseiro (nos tubos anteriores de suporte da roda de trás) para poder equilibrar a bicicleta quando esta tiver os alforges montados (cuidado com ESTES, da dechatlon. Eu já tive três, e rasgaram-se todos no mesmo sítio. O interior é em borracha, e com o peso, cedem. Se estiverem na garantia e fizerem um "choradinho" - o cartão dechatlon dá uma ajuda - pode ser que consigam um novo. No meu caso, já mudei de marca. Já estava farto. Estou a experimentar uns da Berg, que adquiri na Sport Zone, em promoção. Mesmo assim, tive que lhes fazer uma grande adaptação); essencial é também, a grelha de suporte para os alforges, onde estes vão assentar e que irá suportar todo o tipo de carga necessária para além dos referidos alforges, grelhas essas, que normalmente têm como limite de tolerância os vinte e cinco quilos; raios extra para as rodas, devem fazer parte das reservas nestas situações, habitualmente vão presos por baixo do tubo horizontal do quadro com um pouco de fita adesiva, (é daquelas coisas que raramente se usa mas que pode safar uma viagem, digo isto por conhecimento de situações anteriores); por dentro do quadro pode também colocar-se uma bolsa que leve os pertences de utilização mais frequente e rápida, tipo carteira e telemóvel por exemplo; calços de travão de reserva, se estiver tempo chuvoso, um par de calços pode durar apenas um dia ou uma descida mais acentuada (ou pastilhas, se para o caso tiverem discos); os pedais podem ser de encaixe ou mistos, dependendo das preferências de cada um (o que tenho adoptado nas ultimas viagens, é levar os pedais de encaixe normais, mas ter umas plataformas de plástico da shimano de reserva. No caso de os sapatos se danificarem).

Para se ter uma pequena noção do que é que eu estou a falar, e porque muitas vezes é difícil descrever certos pormenores, aqui ficam umas fotos ilustrativas:


Cá está ela... Foi esta a bicicleta que usei para o Caminho Francês, em 2006.


...Nessa viagem, em plenos Pirinéus...


...Numa manhã, perto de Sahagun.


O envelope que fiz para viajar de comboio.


...Hoje em dia as coisas já são um pouco diferentes...


Em breve virei aqui falar um pouco das bicicletas que me têm acompanhado, mas principalmente duma, que está comigo há mais de vinte anos, e que me segue em tantas aventuras. Uma delas é a que ficou referenciada neste post, o Caminho Francês, outras passam-se no dia-a-dia, já que é com ela que me desloco na cidade.
- Sempre pronta; A princesinha do agreste, ou a bicicleta do amolador, como alguns mais próximos a apelidam.

GR



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