sexta-feira, 27 de maio de 2011

Dicas para uma viagem de BIKE com alforges. Parte 4.3 (conselhos e truques. - Terminada a jornada.)


Mais uma vez, este post é parte integrante de um grupo de mensagens, algumas já publicadas, e de onde sairão outras tantas. Todas derivadas de Viagens / Peregrinações efectuadas anteriormente.

Que este trecho é o 4º na sua sub-secção 3ª, correspondendo aos conselhos e truques para uma viagem com alforges; - Terminada a Jornada.
Tratam-se de meros pensamentos, há muito escritos no "NézClinas a Pedais; - Voltar a criar vontade de Regressar"(Link de excertos), que, com o passar do tempo e das viagens propriamente ditas, foram sendo comprovados e/ou melhorados.

Para tal, e quando se justifica, Têm um apontamento extra.

Aqui fica mais uma passagem dos CONSELHOS E TRUQUES :


Sempre que possível, no fim das jornadas, e se para isso houver hipótese, deve lavar-se a Bicicleta por alto. Como sabem, não devem usar aquelas pistolas de pressão (tipo “Elefante azul”). Estas tornam-se fatais para os cubos, os das rodas, os pedaleiros, e de uma forma geral para todo o equipamento que tenha lubrificação. Como será fácil de constatar, e já que quase tudo o que “mexe” a Bicicleta tem lubrificante, é imperativo não usar este tipo de lavagem. A água quente, aliada à pressão, ao detergente, e à proximidade com que usualmente se movem as pistolas, “sacam” todo e qualquer resíduo mas também retiram os produtos necessários ao normal funcionamento do veículo. Para isso, e quando digo limpeza por alto refiro-me a uma passagem com água fria ou tépida em toda a Bici usando um pano ou mesmo a mão para retirar a maior parte dos resíduos do quadro, mas principalmente para lavar rodas, pneus e, de forma geral toda a transmissão. Após estas passagens devem-se deixar secar as peças antes de lhes voltarmos a aplicar um lubrificante específico. Aconselho o uso de um destes dois produtos; O Óleo fino (o das máquinas de costura, serve perfeitamente), ou, um pouco mais dispendioso, o Teflon. Ambos têm vantagens e desvantagens, vou mencionar apenas uma de cada, deixando a escolha ao critério de cada utilizador. Temos então que, o Teflon, além de ser caro, seca rápido com lama e água, mas por outro lado desgasta menos material e deixa a corrente num “brinco”. Enquanto o óleo, é mais duradouro e fiável mas deixa a corrente toda suja por atrair todo o tipo de poeira e sujidade, que causa as já habituais marcas nas mãos e roupa.

Devemos não permitir que se acumulem sucessivas camadas de lama, que se tornam cada vez mais difíceis de remover das superfícies. Este desleixe pode pôr os componentes móveis da Bicicleta em risco. Situações há em que para se retirarem tais camadas temos que recorrer a produtos de limpeza especiais.

Outra das vantagens de ter a bicicleta limpa é na provável abertura de pneus para remendar furos ou para a mera substituição de uma câmara-de-ar. Imagine-se (a mim já me aconteceu… Uf!) querer remendar um furo com os aros completamente carregados de lama e terra e o pneu coberto de barro e argila, em que do cardado, nem se vislumbra o desenho. – Não é fácil!

(...E mais não digo....lol). - Por agora!


GR





quarta-feira, 25 de maio de 2011

Ciclovia Peniche (porto)


De todas as ciclovias da costa portuguesa que tenho apresentado, a propósito do Caminho que estive a marcar em "A Ver Água", esta é a única que não se limita a um linha de progressão. Esta ciclovia é um circuito...
...Perto do porto de Peniche, entre a Estrada do Baleal e a imediações da EN 114 / IP6

Para trás já ficaram outras ciclovias nas imediações de Peniche (Baleal e Baleal-Peniche), além de muitas outras da região de Leiria, e já agora, deste Portugal...


O Traçado Ciclovia de Peniche (porto) :



Link para o traçado no Wikiloc : http://pt.wikiloc.com/wikiloc/view.do?id=1357953

Atividade: mountain bike
próximo a Peniche, Leiria (Portugal)
Extensão da trilha: 2,93 quilômetros
Elevação mín: 10 metros, máx: 15 metros
Altura acum. subida: 2 metros, descida: 3 metros
Grau de dificuldade: skill Fácil
Data: Dezembro 16, 2010
Termina no ponto de partida (circular): Não
Coordenadas: 77


As Fotos :







GR

sábado, 21 de maio de 2011

RWGPS - Ridewithgps.com (Comecei agora...Em Monsanto...)


Só agora iniciei a exploração deste site, que o meu amigo Carlos La Rua me apresentou, mas para já, estou a gostar das potencialidades...

...Para começar, carreguei uma voltinha recente em BTT, em Monsanto.




Created:May 21, '11, 11:29AM
Starts in:Lisboa, Lisboa 1500, PT
Distance:32.3 km
Elevation:+ 792 / - 736 m
Max Grade:19.9 %
Avg. Grade: 0.8 %


GR

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Ciclovia Baleal - Peniche


Mais uma ciclovia do Distrito de Leiria, incluída na prospecção que efectuei pela zona costeira de Portugal, mais precisamente entre Ponte de Lima e Lisboa. Primeiro, ao longo do Rio Lima - Pela sua margem esquerda - e em seguida rumo a Sul, passando pela Sé do Porto, terminando na Sé de Lisboa.
Tal trajecto, que apelidei de "A Ver Água", está descrito neste blog e destina-se a ser usado como uma alternativa ao Caminho Português a Santiago de Compostela, até à ligação em Ponte de Lima.


O Traçado Ciclovia Baleal - Peniche :



Link do traçado no Wikiloc : http://pt.wikiloc.com/wikiloc/view.do?id=1357950


Atividade: mountain bike
próximo a Baleal, Leiria (Portugal)
Extensão da trilha: 3,53 quilômetros
Elevação mín: 6 metros, máx: 16 metros
Altura acum. subida: 1 metros, descida: 5 metros
Grau de dificuldade: skill Fácil
Horas: 9 minutos
Data: Dezembro 16, 2010
Termina no ponto de partida (circular): Não
Coordenadas: 35




As Fotos :

Sempre contígua à Estrada do Baleal, esta bela ciclovia a Este de Peniche, estende-se desde Casais do baleal, até à rotunda da Padroeira dos Pescadores, onde convergem as estradas EN 114, que vem de A-da-Gorda e a IP6, ligação da A8 a Peniche.




À esquerda a Estrada do Baleal. À direita o Oceano Atlântico e as vistas sobre Peniche e a Berlenga.


RA e GR

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Ciclovia do Baleal (Av do Mar - Praia)


De uma vez por todas tenho que atalhar caminho (tempo), e concluir a publicação das diversas ciclovias que aqui ainda rascunham pelo blog.
Toda esta série refere-se ao já divulgado "A Ver Água", nomeadamente a uma das últimas prospecções efectuadas, entre a Foz do Arelho e a Praia da Areia Branca.

No caso específico, trata-se da ciclovia existente na Avenida do Mar, que se dirige para o Baleal.
Por ter desembocado a meio desta avenida, que já vem desde Ferrel, não estou seguro que esta ciclovia não tenha outro braço pela mesma estrada, antes deste que agora vos relato.






O Traçado Ciclovia do Baleal (Praia) :



Link do Traçado no Wikiloc : http://pt.wikiloc.com/wikiloc/view.do?id=1357936

próximo a Ferrel, Leiria (Portugal)
Extensão da trilha: 0,55 quilômetros
Elevação mín: 16 metros, máx: 27 metros
Altura acum. subida: 1 metros, descida: 12 metros
Grau de dificuldade: skill Fácil
Horas: 2 minutos
Data: Dezembro 16, 2010
Termina no ponto de partida (circular): Não
Coordenadas: 13


As Fotos :






GR

Plano Nacional de Promoção da Bicicleta e Outros Modos de Transporte Suaves


Aconselho a leitura e preenchimento do questionário. Eu já o fiz.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Não tentem fazer em casa... Ou então, façam!

Uma Auto Caravana é um sonho antigo.

Mas quando o imaginava, era na sua forma convencional.
- Nunca tinha visto a coisa deste prisma...
...Mas agora, vou ter que pensar duas vezes, antes de qualquer investimento.





Aqui podem seguir os trabalhos deste designer; Kevin Cyr :




GR



Dicas para uma viagem de BIKE com alforges. Parte 4.2 (conselhos e truques. - Com a bicla às "costas")

Mais uma vez, este post é parte integrante de um grupo de mensagens, algumas já publicadas, e de onde sairão outras tantas. Todas derivadas de Viagens / Peregrinações efectuadas anteriormente.

Que este trecho é o 4º na sua sub-secção 2ª, correspondendo aos conselhos e truques para uma viagem com alforges; - Com a Bicla às "costas"!
Tratam-se de meros pensamentos, há muito escritos no "NézClinas a Pedais; - Voltar a criar vontade de Regressar"(Link de excertos), que, com o passar do tempo e das viagens propriamente ditas, foram sendo comprovados e/ou melhorados.

Para tal, e quando se justifica, Têm um apontamento extra.

Aqui fica mais uma passagem dos CONSELHOS E TRUQUES :

Na progressão, existem variados gestos ou precauções que nos podem ajudar.

Por exemplo, quando temos que subir uma ladeira com a Bicicleta à mão, puxando pelo conjunto, sem perder o equilíbrio, é aconselhável usar uns sapatos para BTT com rasto (desenho na sola) e com pitons. Estes ajudam a melhorar a aderência ao solo, quer seja rochoso (encaixam-se) ou lamacento (calcam).

Ainda há outra maneira de melhorar a performance e desgastar menos o físico e a “psic” quando temos que puxar pela “ginga”, Refiro-me à forma e local onde colocamos as mãos. Se tivermos ambas no guiador, a progressão não é tão controlada como se estiver uma num punho, para “guiar” o veículo, e a outra atrás do selim para exercer a força maior, neste caso a tracção. Se o trajecto o permitir, gosto de puxar a Bicicleta do lado esquerdo. Se o fizerem ao contrário, ainda será mais ajustado. Por um factor de explicação lógica. Ao ter a mão direita no guiador, e por termos um ou dois dedos “alerta” no travão, temos alta probabilidade de controlarmos todo o peso, já que o bloqueio em causa é o traseiro. Por seu lado, e na maioria das pessoas (destras), o nosso braço esquerdo terá menos força para rebocar a maioria do peso do bloco, e o seu ponto de ancoragem, o selim.

Por vezes o peso do grupo Bicicleta/carga e o acentuado declive do terreno ou algum obstáculo de grande envergadura (Ex. para quem conhece: - A Serra da Labruja, no Caminho Português. Depois de ponte de Lima) fazem com que todo o conjunto, incluindo o/a Ciclista tenha que parar, algumas vezes, até recuar. Aí é indispensável travar. Se não o fizermos incorremos no risco de ter que largar a Bicicleta - para não cair em conjunto com ela - com tudo o que tal acção acarreta de dano e chatice.

Para mim, e quando a progressão é impossível em cima da bicicleta, tento escolher um ritmo de progressão, usando as dicas expostas e, de vez em quando fazer uma pequena pausa para respirar (inspirar/expirar) repondo forças. Pode eventualmente haver quem julgue que tais situações surgem esporadicamente. - Pelo contrário, podem ter a certeza que são isso sim, bastante frequentes. Não quero com isto desmotivar, nem desmobilizar ninguém, apenas refiro que tais situações existem e que devemos estar preparados para elas. Independentemente da força ou técnica de cada indivíduo, há realmente obstáculos para os quais temos que apear (... E carregar com a bicla às "costas"...).


DICA SOLTA:

Frequentemente paramos para beber água em todo o tipo de fontes e chafarizes. Nessa altura, e caso não sejam de água corrente e não tenham nenhum aviso, por ser imprópria para consumo, pensem em abrir as torneiras e deixar correr abundantemente durante uns segundos. As aplicações a tal atitude são várias e passam por: - tentar que a água fique mais fresca no verão, Menos fria no inverno, e principalmente, que saiam algumas impurezas e bichos que se costumam alojar dentro das torneiras, quando estas têm pouco uso. (...só mesmo para...)


GR



terça-feira, 17 de maio de 2011

Monsanto 20 km em BTT (Singles e pistas)


"Um Monsanto" ...Mais técnico (-Não! - Diferente).

Essencialmente composto por singles e pistas demarcadas.
Embora seja difícil descrever onde começam e terminam os trilhos propostos, além da dificuldade em cumprir esses percursos via GPS, posso deixar algumas referências para uma melhor localização.

Aqui ficam alguns dos locais passados :

Luneta dos quartéis – Estrada – Parque de merendas do Pina Manique

Estrada da prisão – Parque de Merendas do Pina Manique

Gruta (perto Pina Manique) – Apicultura

Apicultura – Campo de Tiro – Contorno da rede do Campo de tiro

Campo de tiro – Prisão – Contorno da rede da Prisão

Contorno da rede da Força Aérea

Pista da Auto-estrada A5

Vedação da Prisão – Parque da Serafina

Contorno do Parque da Pedra

Parque da Pedra – Bairro da Serafina (Aqueduto)

Pista do Aqueduto – Mata de São Domingos

Single do Aqueduto (Mata de São Domingos)


Traçado no Wikiloc :



Atividade: mountain bike
próximo a Benfica, Lisboa (Portugal)
Extensão da trilha: 20,82 quilômetros
Elevação mín: 72 metros, máx: 209 metros
Altura acum. subida: 535 metros, descida: 503 metros
Grau de dificuldade: Moderado
Horas: 2 horas 22 minutos
Data: Maio 16, 2011
Termina no ponto de partida (circular): Não
Coordenadas: 880
Altimetria

NOTA: Para quem quiser seguir um track proposto e levantado em Monsanto. Atenção que, o mesmo nem sempre é fidedigno. Muitas vezes induz-nos em erro. Normalmente tais marcações ficam muito imperfeitas, pelo grande acumulado de arvoredo e proximidade dos trilhos entre eles, e destes com as estradas.


GR

segunda-feira, 16 de maio de 2011

- 3 em 1. Treino de Estrada em Monsanto


Decidido a encontrar alternativas ao meu treino regular em Monsanto, fui em busca de lhe alargar o perímetro, diferenciando zonas e elevando a altimetria, para desse modo evitar a monotonia e desgaste no uso exclusivo da volta proposta anteriormente, também ela no Parque florestal mais conhecido de Lisboa.
Antes disso, há umas semanas atrás, a minha volta treino pela marginal - quase sempre a mesma - variava entre os 30 e os 60 km's, consoante desse a volta em Oeiras ou em Cascais, foi-se tornando desgastante (além da perigosidade associada à estrada em questão).
Estava portanto convicto, que teria que mudar de ares, dando melhor qualidade e variedade ao meu treino de estrada.
Com esta marcação, além das vantagens da proximidade, dificuldade e altimetria, ainda elevei a qualidade do ar que respiro (por andar em zonas de menor frequência automobilística).

Assim, ao contornar o Parque de Monsanto, bem pelo seu perímetro externo, e depois, voltar ao ponto de partida - Rotunda do Pina Manique - e aí, interiorizar o percurso, diminuindo-lhe o raio, criei um treino variado, que poderá ser usado em três versões, consoante o tempo e estado de forma, bastando para isso escolher uma das hipóteses, ou em último caso juntá-las, elevando assim a dificuldade. Em caso extremos, poder-se-à somar mais voltas. aumentado a "carga".





Atividade: ciclismo
próximo a Bairro do Alto da Boavista, Lisboa (Portugal)
Extensão da trilha: 18,1 quilômetros
Elevação mín: 50 metros, máx: 203 metros
Altura acum. subida: 305 metros, descida: 329 metros
Grau de dificuldade: skill Moderado
Data: Maio 13, 2011
Termina no ponto de partida (circular): Não
Coordenadas: 494




Atividade: ciclismo
próximo a Benfica, Lisboa (Portugal)
Extensão da trilha: 23,63 quilômetros
Elevação mín: 9 metros, máx: 182 metros
Altura acum. subida: 588 metros, descida: 566 metros
Grau de dificuldade: skill Moderado
Data: Maio 13, 2011
Termina no ponto de partida (circular): Não
Coordenadas: 464




Atividade: ciclismo
próximo a Benfica, Lisboa (Portugal)
Extensão da trilha: 41,73 quilômetros
Elevação mín: 9 metros, máx: 203 metros
Altura acum. subida: 860 metros, descida: 850 metros
Grau de dificuldade: skill Moderado
Data: Maio 13, 2011
Termina no ponto de partida (circular): Não
Coordenadas: 957


GR

quinta-feira, 12 de maio de 2011

Dicas para preparar uma viagem de BIKE com alforges. Parte 4.1 (conselhos e truques. - Tudo pronto para arrancar?)


Para não me estar a repetir outra vez, apenas devo dizer que este post é parte integrante de um grupo de mensagens, algumas já publicadas, e de onde sairão outras tantas. Todas derivadas de Viagens / Peregrinações efectuadas anteriormente.

Que este trecho é o 4º na sua sub-secção 1ª, correspondendo aos conselhos e truques para uma viagem com alforges; - Tudo pronto para arrancar?

Tratam-se de meros pensamentos, há muito escritos no "NézClinas a Pedais; - Voltar a criar vontade de Regressar"(Link de excertos), que, com o passar do tempo e das viagens propriamente ditas, foram sendo comprovados e/ou melhorados.

Para tal, e quando se justifica, Têm um apontamento extra.

Aqui fica mais uma passagem:

Conselhos e truques

Numa peregrinação em Bicicleta, um pouco como tudo na vida, existem pequenos truques, digamos que será uma parafernália de pequenas acções, que quando bem aplicadas nos podem livrar de um monte de sarilhos e atrasos sempre desagradáveis para quem viaja com uma bicicleta de todo o terreno com alforges.

O meu objectivo com estas insignificantes dicas, não é de todo, inibir a resolução dos problemas que nos surgem quando andamos de Bicicleta com a mobília às costas, se o fizesse seria de um temendo egoísmo, pois eu sei, ou deveria saber que, por aventuras como estas tudo deve ser explorado à maneira de cada um de nós, e as dificuldades transpostas com os meios que estão à nossa disposição naquele momento e para aquele efeito. Foi assim que fizeram comigo quando me aventurei pela primeira vez num Caminho de Santiago, que também era a minha estreia em viagens de Bicicleta com a duração de mais que um dia. Posso agradecer (mais uma vez) ao nosso amigo César, por não me ter revelado grande parte da “mística” duma progressão de vários dias, isto, apesar das minhas constantes interrogações. Coisas do estilo; o que é que devo levar, será isto adequado ou ficará melhor com aquilo, etc, etc.

Por isso, apenas descrevo alguns dos que diariamente me ocorrem e uns certos “busílis” com que “esbarro” consecutivamente, e aos quais nem sempre damos a importância devida.

De certa forma, tal memorando também me serve, já que muitas e muitas vezes cometemos os mesmos pequenos erros, por querer sair mais depressa pela manhã ou por alguma preguiça em efectuarmos um pequeno gesto, que num futuro breve nos será indispensável ou mesmo crucial.

Então cá vai: - Pela manhã, devemos arrumar os alforges para que os apetrechos que possam vir a ser usados durante o dia fiquem no topo do bagageiro. Por exemplo, uns chinelos, se for necessário atravessar um pequeno riacho (Ui, os chinelos. Às vezes mais vale ir descalço. Mas atenção aos objectos cortantes e principalmente ao lodo), uma protecção para a chuva. Um protector solar, etc. Numa bolsa à parte, se possível presa algures na Bicicleta - no meu caso levo sempre uma frontal que prendo no guiador - devemos pôr aquelas coisas que estamos permanentemente a usar, e das quais, se não soubermos o paradeiro, perdemos tempos infinitos à procura. Exemplos: - A carteira, a máquina fotográfica, o telemóvel, etc.

Nas bolsas laterais dos alforges devemos ter, além dos inevitáveis “dodot´s” (duma utilidade mais do que comprovada), um plástico que sirva para tapar a carga em caso de chuva, e uns elásticos ou corda para o prender e para não andar a roçar e a fazer barulhos sempre incomodativos. No meu caso, e depois de várias experiências, umas com mais sucesso do que as outras, acabei por adoptar uma versão à base de: - Um saco do Ikea, daqueles grandes, de plástico resistente e um elástico dos grossos com ganchos na ponta. É claro que cada um deve escolher conforme a sua carga, a melhor forma de efectuar esta operação e testá-la antes. Não se esqueçam que quando começar a chover, em que estamos a ficar todos molhados, a capacidade de raciocínio escasseia.

Devemos ter o cuidado de prender muito bem todos os apêndices que não façam parte da bicicleta “em si”, tais como bolsas, alforges, luzes, bombas, cantis, etc, para que estes não nos causem transtornos do estilo: - Prenderem-se aos galhos ou às silvas, saírem do sítio e caírem, ou até provocarem o desequilíbrio da bicicleta e da forma de a guiarmos. Já para não falarmos dos barulhos que normalmente alguns deles fazem, tão irritantes que nos levam quase sempre a parar para os resolvermos, provocando uma perda de tempo desnecessária.


Para breve, mais pensamentos escritos...


GR


quarta-feira, 11 de maio de 2011

Monsanto ainda lá está… Regresso ao BTT...


…Pelo menos foi o que pareceu, quando pedalava nos trilhos. Assim foi, hoje (10 de Maio), regressei ao BTT. Coisinha que não praticava há alguns meses. Tirando as prospecções constantes pelas ciclovias de Lisboa e do país em geral, que costumo fazer com a minha geringonça citadina, e a marcação do “A Ver Água”, que apesar de ter sido feita com a minha ginga de BTT, não é a mesma coisa.

Quando digo regressar ao BTT, refiro-me ao constante sobe e desce do relevo e de diferentes pedaladas e piques, de solo técnico e do controle sobre a bicicleta, que, quer queiramos quer não, na estrada é verdadeiramente diferente. - Não que seja mais fácil, é diferente.

Para que não me julguem a subjugar a estrada, apenas refiro que na minha volta pela EN 247, à pouco relatada, apanhei dois sustos. Daqueles que por serem a velocidades completamente diferentes, em caso de queda é o alcatrão que faz de colchão, trazendo consigo consequências desagradáveis. Ainda por cima, tais acontecimentos não eram causados directamente por mim. Num, ia sendo literalmente entalado por uma incauta condutora com pouco sentido de espaço, próprio da avançada idade que já carrega. Outra incidência, essa sim, um grande susto (digo mesmo, que não sei como é que consegui segurar a bike) foi ao entrar na rotunda entre a EN 9 e EN 247, em Silvares. Por não vir nenhum carro, abusava da confiança, sem saber que logo em seguida seria tremendamente abalada por um vasto rasto de óleo, que perfazia um círculo, e ao qual não tive escapa. Nem na patinagem no gelo vi tal coisa. – Huf! Safei-me por pouco de ir ao chão.

Voltando ao BTT. Realmente já não o fazia desde o início de Fevereiro, quando participei na Maratona de Cantanhede.

Quando, nos meus últimos treinos de estrada em Monsanto, olhava para os trilhos, já começava a sentir alguma nostalgia. Mas verdade seja dita, durante muito desse tempo, os mesmos não estavam propriamente secos.

Pois é. Voltei aos trilhos do templo, e logo para uma proveitosa jornada de fim da tarde, onde o propósito principal era apenas ver como é que me sentiria. Acabou por ser muito melhor do que podia supor.






Atividade: mountain bike
Extensão da trilha: 44,72 quilômetros
Elevação mín: 40 metros, máx: 216 metros
Altura acum. subida: 721 metros, descida: 699 metros
Grau de dificuldade: Moderado
Horas: 3 horas 18 minutos
Data: Maio 10, 2011
Termina no ponto de partida (circular): Não
Coordenadas: 1581
Altimetria


NOTA: Para quem quiser seguir um track proposto em Monsanto. O mesmo nem sempre é fidedigno, e muitas vezes induz-nos em erro. Normalmente tais marcações ficam muito imperfeitas, pelo grande acumulado de arvoredo e proximidade dos trilhos entre eles, e destes com as estradas.


GR

terça-feira, 10 de maio de 2011

EN 247. "A minha etapa da volta a Itália"


Há muito presente no meu pensamento, esta Estrada Nacional 247 (EN 247), na íntegra, estava por cumprir.
Ao mesmo tempo com o fundamento de a descobrir e ligar, já que nos mapas não é fácil seguir-lhe o rumo, aparecendo interrompida e muitas vezes coincidente com outras, nomeadamente com a N9, com a N8-1, etc, mas também, por já me ter cruzado com tal itinerário variadíssimas vezes, e por saber que fazia a ligação entre Peniche e Cascais, com perto de 100 km's.

Seria portanto uma voltinha ideal para fazer num dia de folga. Era só apanhar o comboio das Caldas até A-da-Gorda, fazer os cerca de 20 km de ligação até Atouguia da Baleia (via EN 114) e descobrir o início da dita, que sabia ser perto da IP6, à entrada desta povoação com muita história.
D. Afonso Henriques concede aos cruzados franceses Guilherme e Roberto de Corni a terra de Tauria (actual Atouguia da Baleia) como reconhecimento do auxílio prestado na conquista de Lisboa aos mouros

Por fazer parte de uma das zonas mais frequentadas mas minhas voltas em estrada, além de a ter calcorreado em reviravoltas à descoberta dos melhores spot's para o recente "A Ver Água", esta estrada está certamente presente nas imagens de cada um de nós, muitas vezes de forma inconsciente. Como exemplo posso salientar que é esta a estrada que nos leva desde Cascais até ao Guincho, ou desde o Guincho até Sintra, passando pela Malveira da Serra, Cabo da Roca e Colares. Logo aí, acredito que já tenha sido pisada por quase todos. Mas também é a estrada que nos leva desde Sintra até à Ericeira passando pela Terrugem, de onde se pode ver o palácio de Mafra.
Depois para Norte, e até Santa Cruz, esta alternativa chega a andar coincidente com a EN 9, voltando após a Lourinhã a estar bem marcada. Termina abruptamente no acesso à IP6, antes de chegar a Atouguia da Baleia. Estaremos por essa altura no KM 2.
Com o progredir das povoações, mas sobretudo com algumas construções desordenadas, muitas vezes perde-se o rumo a determinadas estradas, bem antigas e características do nosso país. O mesmo já senti quando buscava o traçado da Translusitana, a EN 2.

São as necessidades do progresso, será?




Atividade: ciclismo
Extensão da trilha: 152,55 quilômetros
Elevação mín: 4 metros, máx: 273 metros
Altura acum. subida: 1.583 metros, descida: 1.477 metros
Grau de dificuldade: Difícil
Horas: 6 horas 48 minutos
Data: Maio 09, 2011
Termina no ponto de partida (circular): Não
Coordenadas: 2480
Altimetria



Atividade: ciclismo
Extensão da trilha: 107,82 quilômetros
Elevação mín: 8 metros, máx: 273 metros
Altura acum. subida: 1.206 metros, descida: 1.194 metros
Grau de dificuldade: Moderado
Horas: 4 horas 31 minutos
Data: Maio 99, 2011
Termina no ponto de partida (circular): Não
Coordenadas: 1756
Altimetria



Muitas e muitas vezes o mar está presente quando transitamos pela EN 247.



Alguma da história de Atouguia da Baleia. Aqui, a igreja da Misericórdia.



Já não são muitos os marcos antigos. Dos originais, por certo, até já nem haverá nenhum. Nesta foto, estamos entre a Praia da Areia Branca e a localidade de Areia Branca.



Bela vista, a do Convento/Palácio de Mafra. Esta foto foi tirada algures entre Odrinhas e Terrugem.


GR

Novas Marcações no Caminho de Fátima (C.N.C.)...


...Com o intuito de demover os Peregrinos - principalmente os pedonais - a deixarem as estradas nacionais, tentando minorar ao máximo, muitas das catástrofes que vão acontecendo, tornando cada vez mais extensa a lista dos óbitos, sempre que se aproxima o 13 de Maio, estão a decorrer (algumas já estarão concluídas), novas marcações por seis novos traçados, um pouco por todo o país, criando assim alternativas viáveis e muito mais seguras, para que os Peregrinos possam alcançar os seus objectivos.

Alertado por alguém interessado nas pedaladas, mas também nas questões da cidadania, achei por bem linkar aqui no blog, um apontamento do jornal I, em que se descreve em detalhe o que acabei de apresentar.

domingo, 8 de maio de 2011

Dicas para preparar uma viagem de BIKE com alforges. Parte 3 (preparação da Bicicleta)

...E a saga contínua...

Repito aqui o texto introdutório do POST ANTERIOR, para que o trecho seguinte, parte integrante deste assunto no seu capítulo 3º, possa ficar enquadrado com a temática em causa, e, para prestar toda a informação a quem aceda somente a esta mensagem, sem ver ou sequer ter conhecimento que este post é parte de um grupo, contendo informação sobre o separador; DICAS PARA PREPARAR UMA VIAGEM DE BIKE COM ALFORGES.

Outro(s) dos posts que tenho por aqui em rascunho, e que há muito está por publicar; Refere(m)-se a alguns excertos de um certo livro (ou uns escritos pessoais, se assim o quisermos…), em que por jeito de brincadeira, mas também por necessidade interior, de certa forma incentivada por alguns Amigos de pedaladas, onde obviamente se destaca o meu colega de tantas aventuras e co-autor adormecido deste blog (em hibernação, será mais correcto).

Não só, mas também, por tais escritos corresponderem na sua generalidade a um certa peregrinação que eu e o “ZebroCLINAS” efectuamos pelo Caminho Francês de Santiago… aqui atrasado, mais precisamente em finais de Agosto de 2006.

Totalmente enquadrados num separador, que, apesar de há muito presente neste blog, nunca deve ter sido explorado pela grande maioria de vós… Leitores. – De seu título: Excertos do: - Voltar a criar vontade de regressar. Em que aos poucos e sempre que se tem justificado, tenho exposto algumas partes desse tratado.

Pois, o que me volta a trazer a este separador, é, mais uma vez, a vontade de partilhar, agora que a época das chuvas vai passando e que vêem aí os projectos à muito programados por alguns (…e cada vez mais…) de nós; - Ciclistas aventureiros, que eventualmente planeiem fazer um viagem de bicicleta com/ou sem o auxilio de alforges.

Por ter consciência que a minha experiência neste ramo, de há muito alimentada por quem tem mais rodagem, e que por uma razão ou outra me foi passando alguns dos seus conhecimentos, acho agora (…e sempre…) que devo partilhar tais ideias, e esperar que estas possam ser factor de ajuda a outrem, que por alguma razão, tenha dúvidas na preparação dos ditos projectos, ou simplesmente para alimentar a curiosidade, quiçá, aguçar a vontade para criar algo.

Aqui vai :

(Estes escritos são de 2006, logo, muitos dos pontos vão merecer um ou outro apontamento, por estarem desenquadrados na época ou no espaço)

Há alguns pormenores a ter em conta na preparação da bicicleta para uma viagem deste tipo (tudo o que seja mais de dois dias), tais como: - Usar pelo menos dois cantis de água, se possível dos grandes, porque há períodos em que não se encontra qualquer tipo de abastecimento líquido, sólido ou do que quer que seja, especialmente se a viagem for, como foi o caso, no período quente (muitos de vós/nós já usam o camelbak, eu próprio, já o fiz inúmeras vezes, mas confesso que estou tentado a ir deixando de usar. Por muito boa vontade que queira ter, não há como o conforto de não ter nenhum extra nas costas); Lanterna de cabeça; Luz para a bicicleta (nunca se sabe se não será necessário andar de noite, ou de manhã, tão cedo que o sol ainda não tenha nascido); guarda-lamas; óleo extra para a corrente; uma capa porta mapas, com os respectivos lá dentro, além da informação que se consiga reunir acerca das regiões e populações com as quais vamos ter contacto, assim como as suas culturas e os seus costumes, as suas comidas, etc., etc; fotocópia dos documentos importantes que devemos guardar, separados dos verdadeiros; um pequeno saco térmico onde pomos a alimentação para o percurso; oleado ou uma manta impermeável, no caso de ser necessário tapar os alforges ou abrigar da chuva (sem dúvida que os sacos de plástico azul do "IKEA" são os melhores. Com uma pequena adaptação, encaixam que nem uma luva, tapando o conjunto de colchão e alforges); um pouco de corda ou elástico grandes, muitas vezes é preciso atar algo e não se sabe com o quê, ou mesmo estender uma roupa; convém também que a bicicleta tenha um descanso, porque paramos muitas vezes por todo tipo de razões, e nem sempre há um local para encostar a bici, esse descanso deve ser de apoio traseiro (nos tubos anteriores de suporte da roda de trás) para poder equilibrar a bicicleta quando esta tiver os alforges montados (cuidado com ESTES, da dechatlon. Eu já tive três, e rasgaram-se todos no mesmo sítio. O interior é em borracha, e com o peso, cedem. Se estiverem na garantia e fizerem um "choradinho" - o cartão dechatlon dá uma ajuda - pode ser que consigam um novo. No meu caso, já mudei de marca. Já estava farto. Estou a experimentar uns da Berg, que adquiri na Sport Zone, em promoção. Mesmo assim, tive que lhes fazer uma grande adaptação); essencial é também, a grelha de suporte para os alforges, onde estes vão assentar e que irá suportar todo o tipo de carga necessária para além dos referidos alforges, grelhas essas, que normalmente têm como limite de tolerância os vinte e cinco quilos; raios extra para as rodas, devem fazer parte das reservas nestas situações, habitualmente vão presos por baixo do tubo horizontal do quadro com um pouco de fita adesiva, (é daquelas coisas que raramente se usa mas que pode safar uma viagem, digo isto por conhecimento de situações anteriores); por dentro do quadro pode também colocar-se uma bolsa que leve os pertences de utilização mais frequente e rápida, tipo carteira e telemóvel por exemplo; calços de travão de reserva, se estiver tempo chuvoso, um par de calços pode durar apenas um dia ou uma descida mais acentuada (ou pastilhas, se para o caso tiverem discos); os pedais podem ser de encaixe ou mistos, dependendo das preferências de cada um (o que tenho adoptado nas ultimas viagens, é levar os pedais de encaixe normais, mas ter umas plataformas de plástico da shimano de reserva. No caso de os sapatos se danificarem).

Para se ter uma pequena noção do que é que eu estou a falar, e porque muitas vezes é difícil descrever certos pormenores, aqui ficam umas fotos ilustrativas:


Cá está ela... Foi esta a bicicleta que usei para o Caminho Francês, em 2006.


...Nessa viagem, em plenos Pirinéus...


...Numa manhã, perto de Sahagun.


O envelope que fiz para viajar de comboio.


...Hoje em dia as coisas já são um pouco diferentes...


Em breve virei aqui falar um pouco das bicicletas que me têm acompanhado, mas principalmente duma, que está comigo há mais de vinte anos, e que me segue em tantas aventuras. Uma delas é a que ficou referenciada neste post, o Caminho Francês, outras passam-se no dia-a-dia, já que é com ela que me desloco na cidade.
- Sempre pronta; A princesinha do agreste, ou a bicicleta do amolador, como alguns mais próximos a apelidam.

GR



sábado, 7 de maio de 2011

As Ciclovias não são para os peões, certo?


Sergio disse...

A ciclovia está boa o problema são os peões que persistem em aí circular e "estacionar" apesar de agora terem um passeio de mais de 10m de largura..


...Pois é...

A propósito dum (deste) comentário muito pertinente num dos posts da ciclovia da Duque de Ávila, em que se menciona o facto de os peões andarem insistentemente por cima das ciclovias, mesmo quando têm passeios largos por perto (o que nem sempre é o caso…Mas neste é).

- Realmente esse é um problema que me parece estar a roçar o irresoluto... Será?

...Como eu o constatava em 2009, quando fazia as primeiras reportagens das ciclovias em obras; E aqui colo o link para uma das mensagens onde levantava o problema.
Por lá, eu próprio, ao constatar tal situação dizia:

Digamos que o mais fácil está feito. Quando digo isto não me refiro à obra em si, mas sim ao projecto. Para mim todas estas vias Cicláveis estão (ou deviam estar) integradas num projecto em que, para além de se criarem as vias próprias para se poder circular em bicicleta, deve-se, e este é o ponto crucial, fazer com que as pessoas USEM a Bicicleta nessas vias.

Como dificuldade extra vai certamente surgir (digo-o, porque o tenho comprovado no dia a dia), uma falta de consciencialização, que faz com que os peões (quase todos) usem a Ciclovia para caminhar, não tendo a mínima noção de que tal piso é, no todo, ou pelo menos em parte, para a circulação das Bicicletas.
- Não vai ser fácil! Unir todas as peças deste puzzle complexo. Infra-estruturas, Utilizadores; Condições de uso e Manutenção.

Aguardemos para ver, no que este “jogo” vai dar. Esperando porém, que com o passar do tempo tais Vias Cicláveis não entrem no esquecimento tornando-se mais um empecilho degradado nos passeios desta bela Cidade em que vivemos ou trabalhamos.


Realmente, e passados dois anos, continuamos exactamente na mesma, ou pior, pelo facto de existirem mais ciclovias.

Pessoalmente nunca tive nenhum encontro imediato, e de certa forma tento ser o mais tolerante possível perante a situação, tanto mais que os peões em causa, muitas vezes pedem desculpa, e noutras, até se chegam a assustar de sobremaneira com a presença repentina da minha bicicleta – Que muitas vezes vem acompanhada de cadeira e/ou atrelado.

Cheguei a constatar, em algumas situações nas quais circulava a pé nos passeios adjacentes a ciclovias, que a tendência para nos aproximarmos do tapete vermelho é constante. Logo que tomei consciência desse facto, apesar de nunca me ter cruzado com nenhum ciclista, interiorizei que tinha que melhorar a minha atitude perante essa situação.

Acredito que como eu passei a ter essa postura, evitando pisar a ciclovia quando ando a pé, também esta, venha a ser seguida pela grande maioria de peões indisciplinados com que nos cruzamos.
Tenho constatado, e pelo que já descrevi, que a grande maioria o faz inconscientemente, e que mais tarde ou mais cedo vão corrigir essa postura. - Muitos por certo até já o fizeram.

Claro que os haverá sempre teimosos, e a querer marcar uma posição irredutível, do estilo - “desvia-te tu!”.
Tenho quase como certo, que num futuro a médio prazo, as consciências se vão adaptar a esta realidade indesmentível, mais que isso, irreversível, que é, o avanço nesta ATITUDE; de dar uso ao meio de transporte mais inteligente que possuímos à face do planeta, já de si doente.

Sugiro com isto, que sejamos tolerantes e compreensivos perante estes obstáculos, esperando que o bom senso venha a triunfar em prol da insensatez.

Já pisei ciclovias um pouco por toda a Europa, e realmente este acontecimento é quase inexistente. – Mas, como é que terá sido nos primórdios dessas ciclovias?
Não acredito, que assim do zero, as mentalidades tenham sido educadas para a existência de vias onde só devem circular velocípedes sem motor…

Em Portugal e especificamente em Lisboa, também se dá o caso (…tal não acontece na ciclovia em questão…) de não haver praticamente passeio alternativo à ciclovia. Chegando mesmo a testemunhar, algumas zonas em que nem sequer existem passeios para além destas.

No fundo, e como para além de ciclista urbano, também sou peão, acho que tudo se vai resolver pelo melhor. Vamos esperar pela adaptação das mentes…

…A ver vamos… de forma tolerante.


João Galvão (neste caso, também RA ou GR)