sábado, 28 de novembro de 2009

RELATO do Tróia - Sagres - (Lagos) (1)


Apesar de estarmos no final de Novembro, mas sabendo da aberta climatérica do fim-de-semana em causa, aliado ao atraso da aparição do frio, fui fazer uma volta daquelas que são obrigatórias a qualquer cicloturista que se preze. A já famosa Tróia – Sagres por estrada, desde à muito divulgada por António Malvar [HISTÓRIA DO TRÓIA – SAGRES (A. Malvar)].

Dos cerca de 204 km’s, acabei por fazer 200 (202 no Manómetro). A pequena redução deve-se muito à mudança do local de chegada dos novos ferrys, que em vez de atracarem em Tróia, agora o fazem antes de sol-Tróia.

Foi uma viagem solitária, mas sem incidentes. Não tinha vento contra (também não o tinha a favor…pena...). Mesmo assim para a minha primeira vez neste trajecto, acabei por demorar pouco mais de 7,30 h a uma média e 26 km/h, o que para mim e principalmente para a minha forma físico/desportiva actual (muito atrasada) não foi nada mau.

Consegui cumprir com todos os meus objectivos, alguns inclusive até os achava ambiciosos em demasia. Assim, como os dias já são bastante curtos (-/+ 10 horas), tinha que sair tão cedo quanto possível para evitar algum percalço, até mesmo no horário dos barcos que antecipadamente tinha providenciado. Mal o dia tinha chegado, ainda o sol se escondia atrás das dunas da desértica e solitária estrada de ligação entre Tróia e a Comporta, já eu estava a pedalar.

Fi-lo quase três horas seguidas, até que fui obrigado a parar para mudar as pilhas ao GPS, e, aproveitando a ocasião, tirar casaco; Pôr óculos de desporto; procurar uma música e outros pequenos movimentos que descortinamos à medida que vamos evoluindo. Foi por esta altura, perto da abordagem a Sines que achei que seria prudente alimentar-me um pouco melhor. Até aqui tinha ingerido um bocado de marmelada e uma barrinha. Desde o início do périplo estava a tentar manter a regularidade na ingestão de líquidos, que para o efeito inseria de 15 em 15 minutos à razão de dois goles. Para que conste, mas principalmente para dar algum “power” à água, adicionei-lhe um daqueles hidratantes energéticos básicos, que para esse efeito costumo comprar no Decathlon.

Como a referência de paragem, do track que dispunha, estava fechada (S. Torpes), acabei por fazê-lo numa terriola de nome curioso: - Foros de pouca farinha. Aí, fiz um pequeno e rápido repasto devidamente acompanhado pela essencial coca-cola.
Voltei ao asfalto mais descansado e Também aconchegado. Tinha entrado no segundo terço desta Caminhada, faltando-me agora pouco mais de 100 km’s. Nestas “coisas” das longas marchas, o mais difícil é chegar ao meio, depois é sempre em contagem decrescente. Apesar de não ter ninguém que puxasse por mim, tinha o benefício de não ter o “amigo” vento a contrariar a minha marcha. Estava como se costuma dizer: - Por minha conta!

Com energias renovadas e com o relevo a mudar (eu sinceramente prefiro umas subidas longas e de inclinação moderada a eternas planícies, das que não se vislumbra o fim), ganhei ainda mais alento para o que se tornava uma “prova” plausível. Com a sensação de que o pior já lá ia, cheguei rapidamente a Rogil, terra onde deveria fazer uma segunda e última paragem.

Neste momento já estava a usar algumas das tácticas que habitualmente são profícuas para longas jornadas quilométricas, principalmente em estrada. Já tinha encetado os intervalos de progressão em pé/sentado, que para além de deixarem circular o sangue pelas veias que pressionamos contra o selim, ainda nos dá alguma força para acelerarmos o nosso compasso de pedalada. Também já estava a aproveitar as descidas mais longas para fazer alguns alongamentos musculares, tentando assim chegar em condições a Sagres.

É que depois destes duzentos quilómetros que se adivinhavam de sucesso, teria que fazer pelo menos mais quarenta, no que seria a ligação para Lagos, local por mim escolhido para me alojar.

Adivinha-se uma chegada ao mar bem antes das quatro horas da tarde que tinha planeado, o que me permitiria chegar ao destino final ainda com a luz do dia. É que ao mesmo tempo que conseguia manter a média acima dos 26 km/h, também seria possível cumprir outros dos meus objectivos iniciais: - Fazer esta viagem em menos de oito horas.

Acabei por ter a sorte de não ter nenhum problema mecânico, nem tão pouco físico, o que possibilitou uma chegada tranquila, e dentro do tempo previsto. Sendo assim, ainda deu para ir tirar umas fotos à Fortaleza de Sagres, conversar com alguns turistas, e sentar-me à mesa de um tranquilo café, em plena rotunda de acesso à estrada de Vila do Bispo. Ao descontrair um pouco, aproveitei para fazer um apanhado dos números do GPS, do Polar e do manómetro, enquanto me refastelava com algo quente.

O Tróia – Sagres já estava feito. Faltava agora o Sagres – Lagos.

Fiz-ma de novo à estrada para o que seria um trajecto tranquilo até Lagos. Só que, ao iniciar a minha marcha pela estrada para a vila que é capital deste concelho (Vila do Bispo), e acompanhando os traços azuis que guiam a Ecovia do Litoral, deparei que para continuar a seguir tal traçado teria que sair da dita estrada, abordando um piso muito pior que se desenrolava paralelamente ao principal. E pronto! Foi assim que decidi fazer uma prospecção fiel da Ecovia referida, acompanhando todo o tipo de inclinação e trajecto que me fosse indicado pela sinalização perfeita, que esta ECOvia tem, aqui pelo concelho.

Da Ecovia já devem ter lido algo pelo blog, se não, poderão fazê-lo quando quiserem (está aqui bem perto). Da minha aventura, que entretanto se tornou nocturna, posso dizer que fui tão longe quanto o risco me permitiu, acabando por abandonar tal via depois de uma bela aldeia costeira, de seu nome Salema (Fiquei com vontade de por lá passar uns dias…).

Deixando o levantamento para o dia seguinte, tive que abordar a N125 (fi-lo em Budens), para desse modo chegar a Lagos a horas decentes.

Traços largos, foi assim o meu Tróia – Sagres, que, como tenho direito à diferença, tornei num: - Tróia-Sagres-Lagos!
Rios? Realmente foram alguns, os que abordei nestes 246 km’s… Mas houve um que me deu um gosto especial atravessar. Falo do Rio Mira, que banha Vila Nova de Mil Fontes, onde passei muitas e muitas férias e do qual guardo belas recordações.


Assim é… Guarda Rios.

FOTOS do Tróia - Sagres 22-11-09 (2)

Algumas fotos:


Depois de tantas travessias para Tróia nos barcos antigos, foi a minha primeira travessia do Sado nos novos Ferry's noruegueses que a sonae encomendou, para fazerem no mesmo tempo dos antigos, o dobro da viagem. A ancoragem agora é feita a escassos metros de Sol-Tróia.
Por curiosidade posso referir que neste barco das 6,50 h paguei 2,00 euros pela travessia, enquanto que se fosse no seguinte já teria pago 4,50 euros. E ainda... que fui o único passageiro nesta travessia... acreditem ao não!


Já manhã alta, depois de ter feito uma primeira paragem para tirar o casaco, para por os óculos, para colocar os phones (só num ouvido), e para mais um sem número de pequenas coisinhas que nunca estão bem, depois de alguns quilómetros na estrada. Depois desta paragem só fiz mais duas ou três, uma em Foros de pouca farinha para uma sandes de queijo e chourição, uma cola e um bolo regional, e depois em Rogil para mais do mesmo. A viagem estava a correr dentro do programado... era uma questão de horas...

Já à chegada a Sagres, na via rápida de Vila do Bispo para a Vila. No lado direito deparei com estes aventureiros a desafiarem o vento, que nestas bandas sente-se sempre, mas que durante a viagem não me incomodou de maneira alguma.


Preparava-me eu para tirar um "auto retrato", cheguei a colocar a máquina em cima dum poste da vedação do forte, quando um grupo de casais estrangeiros vindo de dentro da fortaleza não me deixou prosseguir com os meus intentos. - Nós tiramos, nós tiramos... E tiraram!



GR

Números do Tróia - Sagres (3)





7 h 35 m Tempo gasto a andar
10 mt Altitude mínima
26 km/h Velocidade média
68 km/h Velocidade Max atingida
122 PPM Frequência cardíaca média
158 PPM Frequência cardíaca Max
200 km’s percorridos
215 mt Altitude Max atingida
1350 mt Acumulado de subida
4021 Kcal Calorias gastas

GR

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

ECOVIA LITORAL (ALGARVE) [1] Concelhos Vila do Bispo; Lagoa e Silves

ECOVIAS DA EUROPA (EUROVELO)
Tema para desenvolver num post futuro

Notícias da Ecovia do litoral (ALGARVE)

Depois de ter feito uma abordagem mais séria a esta vertente de circulação da costa algarvia, posso afirmar que: - Quando estiver toda concluída, e pronta a ser usada pelos BTTistas deste país e do estrangeiro, será por certo uma das maiores atracções desta região.

Para já, e enquanto não está pronta e ligada, limita-se a ser uma manta de retalhos de pequenos e médios traçados num misto de estrada secundária degradada com estradão, usada somente por alguns habitantes locais e uns quantos veraneantes.

O projecto é muito interessante, mas por agora está confinado a alguns concelhos. Assim, e começando pelo extremo do Barlavento Algarvio, o concelhos de Vila do Bispo é um exemplo, pois a “sua parte” de Ecovia está terminada e pode ser usada por bicicletas de BTT, já que alguns dos seus módulos são em estradão “bera” com algumas subidas (felizmente curtas).
O troço que vai do Cabo de São Vicente até Burgau está completo, são 33 km’s, em que as dúvidas só poderão surgir nos locais que se encontram em obras. Nomeadamente, antes e depois de Salema. De referir que este pedaço da futura Ecovia está integrado no Parque Natural do Sw alentejano e Costa vicentina .

Depois. Depois é que é pior. Ao entrarmos no concelho de Lagos as marcas deixam de existir, surgindo-nos a dúvida por onde é que tal Ecovia possa seguir. Ao chegar à aldeia da Luz, questionada a junta de freguesia da localidade, fiquei a saber que tal projecto ainda não foi adjudicado, estando apenas e só, acordada a sua construção para breve.
Estou curioso para circular por tal “linha”. Já para não falar dos cerca de 200 km’s que terá todo o traçado, depois de terminado.

Acerca do Concelho de Portimão, o problema é o mesmo. É preciso chegarmos ao de Lagoa e continuar pelo de Silves, depois de termos feito vários quilómetros em busca de tais traçados, para poder dar continuação a este projecto.

É assim que entramos directamente para o km 80, em plena estrada nacional 125, mesmo no centro de Lagoa. Aí, e passados 46 km’s depois de termos abandonado a Ecovia em Burgau, reencontramos a “passagem”.

É em Lagoa que começa, e é até Armação de Pêra que se estendem mais estes 10 km’s de Ecovia do Litoral no Algarve. Depois desta vila, e também por falta de oportunidade não consegui vislumbrar mais nenhum traçado pelas redondezas. Ficará para uma futura hipótese, o descortinar de mais pedaços deste “Jóia” do Cicloturismo de Portugal.

- Para já a “coisa” está assim… Podia estar pior!




Do correspondente nos Algarves : - Repórter Astigmático.

ECOVIA LITORAL (ALGARVE) [2] Concelho de Vila do Bispo (Cabos de S. Vicente - Burgau)






Depois de transposto o troço de Ecovia que faz a ligação entre o Cabo de São Vicente e Sagres (totalmente preenchido por tapete de asfalto, coincidente com a estrada nacional que faz essa ligação), passamos para a vertente de estrada nacional desactivada. É por aqui, depois de Sagres e até Vila do Bispo que usamos essa hipótese de trajecto, passando ao lado da via rápida, e serpenteando por esta. Chegados a Vila do Bispo, somos guiados pelas famosas linhas azuis, que encontramos sempre, dentro de uma localidade, quando esta é atravessada pela Ecovia do Litoral. Seguidamente damos entrada em estradões interiores de ligação entre as aldeias. Nesta foto especifica estamos precisamente entre V.do B. e Raposeira.

Cá estão eles: - Os Traços Azuis. Não só definem a ecovia como orientam os "Turistas acidentais". Mas mais que isso, Mudaram a imagem de muitas pequenas aldeias. Veja-se este exemplo! - Até fica bem, o "degradê"



Fim da Ecovia em Burgau. Aldeia que faz de fronteira entre os concelhos de Vila do Bispo e Lagos. Mas também é por aqui que se chega ao fim do Parque natural do Sudoeste alentejano e da costa Vicentina. Depois desta terra as marcas desaparecem, pois pudera, a Ecovia não tem continuação (pelo menos por agora). Cheguei a questionar a Guarda (GNR), que não tinha respostas para me dar. Essas, foram-me fornecidas na Junta de freguesia da Aldeia da Luz, onde fiquei a saber que, apesar de já ter sido aprovado pelas autarquias de Lagos e Portimão, a obra de tal traçado ainda não saiu do papel.

- É pena! mas temos que esperar.



Mais uma do correspondente por terras do Sul: - Repórter Astigmático

ECOVIA LITORAL (ALGARVE) [3] Concelhos de Lagoa e Silves (Lagoa - Armação de Pêra)




É ao quilómetro 80 que a Ecovia recomeça em plena N125, na rotunda junto ao recinto onde habitualmente se realiza a feira de Lagoa. Depois, e interiorizando pela parte velha da Cidade derivamos para estradões agricolas onde podemos rever as marcações de quilometragem aqui fotografadas.

Muitas vezes serpenteando por quintas e propriadades (algumas de estrangeiros, que povoam a zona), em constante busca do mar, onde chegamos passados 10 km's.


No términos deste pedaço de Ecovia, encontramos este placard, onde para além de informação da obra temos um mapa das ecovias da Europa.



Repórter Astismático (deslocado para o Algarve)

terça-feira, 24 de novembro de 2009

TRANSCONCELHIA 21-NOV-09


Aproveitando a participação do clube de BTT de Alter, ao qual também pertenço, consegui inscrever-me neste evento organizado pelo pelouro do desporto da C. M. de Vila Franca de Xira. As entradas eram limitadas a 100 atletas, mas felizmente acabaram por alargar um pouco as permissões. Acabando por alinharem à partida, cerca de 150. Não posso deixar passar em claro a iniciativa da organização, ao efectuarem um minuto de silêncio em honra de um elemento inscrito, desaparecido uns dias antes.

Trata-se de um passeio de BTT, pelas terras onde secretamente foram construídas 2 linhas de defesa militar, no intuito de defender a cidade de Lisboa contra as INVASÕES FRANCESAS. Homenageando desta forma um dos responsáveis por essas defesas, o Tenente-Coronel Richard Flecther, estratega que ajudou os portugueses ao abrigo do Tratado de aliança luso-britânico.

Acerca do passeio, posso dizer que o traçado é interessante. Cobre alguns dos cumes dos concelhos de Loures e Vila Franca de Xira, por onde se podem apreciar belas vistas sobre o Tejo e os longos vales interiores.
Apesar das chuvas recentes, o terreno estava praticamente seco, excluindo as zonas de ribeiros e outras pequenas parcelas. Nestes trajectos a componente técnica é bastante elevada, daí o percurso não ter mais do que 33 km´s.
A progressão foi feita de forma cuidada, para evitar que de um grupo tão heterogéneo se fizessem pequenos grupinhos distanciados, e que essa ocorrência proporcionasse perdas.
Assim, os guias, que de longe em longe faziam uma paragem técnica de espera ou de esclarecimento, foram mantendo a situação sob controlo.

Fomos evoluindo por montes, passando por algumas aldeias da região; calhandriz; Cotovios e Cachoeiras, vindo a terminar, fugindo um pouco ao que é mais habitual nestes passeios, longe do local de partida, mais precisamente no complexo de piscinas de V.F.X., onde tínhamos uns balneários à espera para um retemperador banho.

Nós, Alter Real BTT, ainda tivemos o privilégio de almoçar uma cabidela de galo, feita propositadamente para o efeito num restaurante da região. Foi no Grande Elias que comemos tal pitéu, generosamente organizado pelo consócio Herlander Cordeiro, que ainda nos brindou com umas bolas de Berlim (as melhores do concelho), e um belo “dum” licor cubano, para as despedidas.
Como nunca estamos satisfeitos e queremos sempre mais pedal, eu e o Zé Alexandre fomos de Bicicleta para casa. Quase vinte quilómetros à chuva, pesada e constante, pela N10, num evoluir nocturno em direcção a Sacavém.







LINK PARA O TRAÇADO DA TRANSCONCELHIA DE 21 de Nov de 09

Obrigado a todos pela confraternização! Para breve, haverá certamente mais… Muito mais!
Guarda Rios e Zéi





quinta-feira, 19 de novembro de 2009

O OBJECTIVO para este ano é a TRANSPIRINAICA!

Foto com vista aérea da cordilheira em causa, Em cima temos o Mar Mediterrâneo e em baixo o Golfo de Biscaia. O lado da neve é o francês


Track da Transpirinaica (espanhola) de Zinaztli no Wikiloc
São cerca de 1050 km's e mais de 25 mil metros de acumulado, divididos por 15 /16 etapas de alta montanha.
Aí é!? Então vamos lá… Mãos à obra!

Há que programar e basear a época em prol do seu objectivo primordial. Para isso delineei um plano de treinos faseado, do qual vou por aqui expor a primeira etapa. Para um futuro breve deixarei as restantes…
O plano que vou apresentar e tentar seguir, longe de fazer cumprir todas aquelas tabelas rigorosas a que estamos acostumados nos livros mais técnicos da especialidade, tentará isso sim, alguns dos objectivos que tracei como fulcrais para a Jornada em causa.
Desses factores, saliento: - Perder 3 ou 4 quilos de peso (neste momento estou com 85/86); Ganhar alguma massa muscular, de forma a resistir às dificuldades extras que vou encontrar em plenos Pirenéus: - Longas distâncias, Altos acumulados, muitas horas de pedal e poucas de sono… Sabe-se lá em que condições; já para não falar das temperaturas, que passarão muito provavelmente dos 30/35 durante o dia para os 10/15 pela noite; E essencialmente para me sentir bem, além da vontade, que não pode esmorecer. Estamos a falar de um grande OBJECTIVO, quiçá o maior, quando é de BTT que falamos.

Tal plano de treinos contempla algumas fases. Mas em nenhuma delas seguirei um rigor suíço. Esta primeira, terá o final num período muito complexo, por coincidir com as festividades do período natalício. Para tal, e atendendo aos consecutivos convites para almoços e jantaradas de Natal, a que normalmente não pudemos nem queremos dar parte fraca, apenas tenho um desejo. – Não ganhar peso, nem acrescentar mais massa gorda supérflua, além da que já possuo.
Só quero mesmo conseguir chegar a Janeiro e estar em condições mínimas para abordar a segunda parte da época de treinos.

Para já, comecei a fazer um pouco de ginásio (3 a 4 vezes por semana), onde incluo cerca de 20 minutos de passadeira com o intuito de efectuar um aquecimento. Para tal, começo com progressão em marcha rápida, incrementando depois alguma inclinação. A isto segue-se cerca de meia hora de levantamentos, em que a componente principal é a manutenção pura e simples do tronco e membros superiores.
Quanto ao resto, continuarei a ir para o trabalho de Bicicleta sempre que isso me for possibilitado (2 a 3 vezes por semana), substituindo alguns dos dias em que não o posso fazer por equivalente período em bicicleta estática (45 a 50 minutos).

O intuito é trabalhar maioritariamente ritmos aeróbios (entre as 115 e as 140 BPM), para queimar essencialmente as gorduras desprezíveis que nos fazem ter aquele aspecto “fat”, sempre desagradável. Tentarei dessa maneira “sobreviver” aos malefícios das festividades.

Para além do ginásio e da “Bicicultura”, conto ainda participar em algumas maratonas e/ou passeios, à frequência de uma em cada 15 dias.

Como epílogo desta primeira fase efectuarei um percurso mais longo, uma GR ou um Caminho, na última semana do ano. Nunca será uma jornada para mais de 300 quilómetros, nem para mais de 5 ou 6 dias de duração. A ver vamos…

Voltarei a este tema por aqui.

Guarda Rios

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Aí uns… Cinco anos depois…

...(Introduce o PLANETA BICICULTURA.)

Foi no inverno 2004/2005 que comecei a usar a Bicicleta como meio de transporte diário, por acaso da sorte, durante toda essa estação não choveu um único dia.

Daí para cá, apesar de várias interrupções sazonais, já que tal objectivo não é propriamente fácil de levar por diante sem interrupção, várias mudanças foram operadas, principalmente ao nível das infra-estruturas.

Passou-se a usar o termo Ciclovia (…já super divulgado por essa Europa desenvolvida… Felizmente por mim visitada em ocasiões anteriores…); Passou a existir a consciência para os ciclistas urbanos, e, até começaram a aparecer umas marcas no chão que “parecem” indicar os locais mais apropriados para se poder pedalar, quando é no asfalto das ruas de Lisboa, que temos que progredir.

Quando comecei a minha vida de cidadão ciclista, com o uso da Bicicleta para as mais diversas tarefas do dia-a-dia, em que obviamente se incluí o rotineiro casa-trabalho e respectivo vice-versa, não se viam praticamente nenhuns elementos a fazer o mesmo. De pessoal a andar pela cidade em Bicicleta, posso referir uns quatro ou cinco “cromos”, vá lá, no máximo dez, os que rolavam pelas mesmas áreas em que usualmente me movimentava. Nomeadamente: - Benfica, Sete-Rios, Praça de Espanha, Avenidas Novas, Baixa, etc, etc. Nestes, devo incluir a dado momento, um colega e amigo que se veio juntar à causa, e que hoje em dia, para além de continuar a defendê-la, ainda faz por cumprir mais do que o próprio autor deste texto. – Força Ricardo Rosa!

Dos outros (poucos) aventureiros por que passava, de alguns, fui ficando conhecido, dava para os contar pelos dedos de uma mão, e as caras eram quase sempre as mesmas. De lés-a-lés lá ia o “mister X” ou o “Y”, em cruzamentos muito espaçados no tempo, chegando a haver dias consecutivos em que não avistava ninguém.
Honra seja feita aos que referi, que ainda hoje os vejo por aí.

Mas o que realmente mudou, e continua a mudar, é a grande afluência que se regista nos últimos tempos, dando aos poucos, um aspecto diferente à tipologia de veículos circulantes por Lisboa. Como fui perspectivando com o passar dos anos, ajudado pelo incremento de várias formas de contacto e desenvolvimento (Acesso à informação; BLOGS, Massa Crítica, Encontros marcados, e não só mas também… As já referidas infra-estruturas), está-se a construir uma nova mentalidade, e para surpresa de muitos, ao contrário de outras situações deste país, a “coisa” tem alguma sustentabilidade. Parece-me que essa perspectiva está realmente a crescer e a deixar frutos num determinado escalão etário da população alfacinha. Embora também os saiba mais entradotes, é no patamar dos 25/40 que vejo mais representantes do pedal.

Dou por mim a evoluir numa determinada avenida, da qual vislumbro outros ciclistas a cruzarem ou a circularem na rotunda adjacente. Ou melhor ainda, à minha frente a progredir espaçadamente, avançam outros tantos bravos das Bicicletas. No fundo, e desculpem-me a pouca modéstia, sinto-me co-responsável por tal atitude. Por muito pouco que o facto de andar pelas ruas de Lisboa há mais de cinco anos, num movimento constante de rotinas e não só, possa ter influenciado outros ilustres “Homónimos”, o que realmente sobressai, é a realidade actual.

– Já há centenas de anónimos, que tal como eu, usam a Bicicleta como meio de transporte. E essa mentalidade não terá retrocesso para breve.

O que tanto esperávamos está aos poucos a surgir.

Pela influência que o NézClinas possa ter tido, mas principalmente por outros blogs e formas de expressão bem mais capazes às quais me associei, e das quais sou seguidor, afirmo peremptoriamente, que:

- ESTAMOS TODOS DE PARABÉNS!

Nesta comemoração incluo, claro está, o PLANETA BICICULTURA, ao qual nos associámos como blog, que aborda o tema da Cidadania através da Bicicleta e do uso inteligente deste meio de transporte no nosso dia-a-dia de forma a melhorarmos o meio que nos circunda, quer na componente do ambiente, quer a nível físico e de bem-estar de cada um.





João Galvão e o NézClinas em geral...

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Ciclovia de ALGÉS

Certo dia em que passava de carro pela Av. do Bombeiros Voluntários em Algés, deparei com uma Ciclovia num dos lados do passeio. Para mim ficou assente que mais tarde ou mais cedo teria que ir averiguar o que por ali se passaria.
Com o intuito de a acrescentar ao rol de Ciclovias do burgo e para a poder noticiar o facto pelo blog.
Essa prospecção aconteceu à dias. Por esse motivo venho agora trazer as novidades.

Bem questionei os transeuntes e moradores da zona, se tal pista não teria alguma continuação para além da que salta à vista, entre o Parque verde de Algés e a escola. Mas não, a CICLOVIA é mesmo só aquele pequeno troço de ligação entre o Parque Urbano e a Avenida dos Bombeiros Voluntários, não perfazendo mais do que mil e poucos metros de extensão, onde se incluem alguns já dentro do próprio parque.



Início da dita ciclovia, junto a uma escola. O que realmente acontece é que por ser o único ponto de passagem entre a dita avenida, uma paragem de autocarro e um bairro habitacional, torna a via demarcada para as Bicicletas, ponto privilegiado de passagem a todos os peões que por ali circulam.

Zona de abordagem à estrada. Passagem para o lado do Parque urbano, depois que foram vencidos os cerca de 400 mt (estou a ser simpático) da Ciclovia.



O melhor da referida via de transporte está realmente dentro do Parque. Aí sim, usando das regras de circulação e de convivência entre Bicicletas e pessoas pode desfrutar-se um pouco.




Explicativo do respectivo parque, onde se incluí a representação da Ciclovia aqui descrita.

Repórter Astigmático


ONDE IR? (a2z Adventurs)

Para quem tem espírito de aventura mas nem sempre sabe o que fazer, ou para onde ir.



A2Z ADVENTURS

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Podia ser pior...

Como o tempo não está muito convidativo, anda-se menos de Bicicleta, como tal, está-se mais em frente ao computador, logo, vêm-se mais e-mails, é assim que nos surgem estas preciosidades.
Algumas já um pouco antigas ou mesmo muito vistas. - Mas vale a pena! Nem que seja para vermos o que às vezes nos pode acontecer, ou o que nos poderia ter sucedido numa determinada situação.
Para os que estão quase sempre imunes, e nunca lhes acontece nada… BOA SORTE! São uns felizardos. Mesmo assim, é melhor só se rirem para dentro, porque qualquer uma destas peripécias pode acontecer ao mais incauto.



CONCLUSÃO FINAL: - Mesmo com chuva; Vento forte; Frio e outros, o melhor mesmo é ir para a rua andar de Bicicleta para treinar, ou, fazer um bocado de ginásio…

Sabes a tua medida de Bicicleta?

Aqui neste site podes confirmar as tuas medidas todas no que a uma Bicicleta diz respeito.

Muito Útil:

http://www.canyon.com/_pt/tools/pps.html

sábado, 14 de novembro de 2009

[ARQUIVO] CAMINHO FRANCÊS a SANTIAGO

Caminho Francês desde Roncesvalles feito por nós em 2006 mas desde San jean Pier de Port. Este track não é nosso (nesta altura não dispunha-mos de GPS), mas fica inserido no Blog para registo.



AS NOSSAS FOTOS NO PICASA : http://picasaweb.google.com/bikeperegrinos/CaminhoFrancSAgoSet2006

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

...Há gente para tudo... Parabéns RODRIGO!





… Eu, se soubesse andar de monociclo também queria fazê-lo.

À Parte da “loucura” que é andar com um monociclo em MTT (Monociclo Todo Terreno), este vídeo é um relato bastante real e “caprichado” do que é, este caminho Francês.

Começado no mesmo sítio em que nós o fizemos em 2006, San Jean Pier de Port, agora, mais do que nunca, recordo-o, se não mais, porque finalmente acabei o meu “book”, no qual alguém colará um prefácio, e ao qual, lhe vou sacando alguns pedaços para past’ar por aqui… Aos pouquinhos.

Este LINK que vos deixo é um óptimo documento. Parabéns ao “artista”.

- Até tem uma etapa nocturna! – Minha próxima vontade!

…Mais uma vez, aí está a força do CAMINHO!

Parabéns RODRIGO RACY

GR

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

SANTIAGO MAIOR, o de COMPOSTELA!

Santiago-Maior
– Também conhecido por Santiago de Compostela, terá nascido em Bethsaida na Galileia, desconhecendo-se o ano. Segundo o Novo testamento bíblico será filho de Zebedeu e de Salomé, irmão de São João Evangelista, seria pescador nos mares da Galileia. Conhecida é a data do seu falecimento, que terá ocorrido no ano 44 da nossa era, em Jerusalém. Este apóstolo de Jesus Cristo, um dos doze, passou a ser venerado por toda a cristandade. Foi santificado e apelidado de Maior para facilmente se destrinçar de outros, como: - Tiago; Santiago Menor ou mesmo de Santiago o Justo. É patrono de vários países. Com a Espanha à cabeça, também é o santo protector de inúmeras pátrias da América latina. Várias classes profissionais escolheram este santo para seu protector, entre elas temos: - Os Veterinários, os Cavaleiros (existe inclusivamente uma ordem militar com o seu nome) e os Farmacêuticos. Claro, que a razão pela qual é mais associado, é por ser patrono dos peregrinos.

A origem do seu nome, em latim Iocubus, derivou nas mais diversas formas, que chegam até aos nossos dias, dependendo da região onde o procuremos. Com o decorrer do tempo e a passagem das eras e das lendas a sua denominação foi variando, chegando até aos dias de hoje em leituras tão distintas quanto as línguas em que é conhecido, por exemplo: - Jakob (hebraico), é a forma como é tratado na Alemanha e um pouco por toda a Europa central e do norte; - James, é como lhe chamam nas ilhas britânicas; Em França, o já famoso Jaques ou San Jean; Outros, inclusive algumas regiões de Portugal apelidam-no de Jacó. Na própria Espanha, a denominação do Santo não é uniformizada, os Catalães por exemplo usam o Jácome (definição de Jaime) como principal forma de o intitular. Já pelo resto da Península, o actual Santiago derivou de Iago ou mesmo de Iaco por supressão do Ti.

O seu maior e mais emblemático santuário é, como todos sabemos, a Catedral de Santiago de Compostela, o que torna a cidade como o terceiro maior marco da cristandade actual, logo atrás de Jerusalém e de Roma.

A data a que se celebra nas comunidades católicas é o 25 de Julho.
GR

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Será desta??? 24 HORAS de MONSANTO!!!


Vídeo promocional de uma das anteriores edições desta prova, que já esta muito bem referenciada a nível internacional. Normalmente nas fichas de inscrição constam muitos elementos estrangeiros. Mesmo assim as vitórias em todas as categorias têm sorrido a atletas portugueses. Vamos ver o que acontece na edição de 2010, que inicia agora o sua logística. Se querem participar há que estar atento


Mais uma vez, a Escola Aventura vai organizar as 24 de Monsanto. Desta vez acho que vou participar. Vou-me começar a treinar para isso.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

À DESCOBERTA de MONSANTO SUL


MONSANTO… Assumidamente Molhado.

Mesmo sabendo da chuva e sentindo o terreno encharcado, fui rever os trilhos que tinha descoberto à uns dias atrás, no Parque Florestal de Monsanto. Trata-se de um “língua” que se estende para Sul, até à zona de vivendas de Algés, para mim, muito pouco conhecida até então.
Como o traçado mostra, criei uma alternativa válida para usar nas voltas de Monsanto que pode acrescentar quase 10 km’s aos percursos e elevar-lhe de sobremaneira a altimetria, já que esta parcela que se estende até muito próximo do Rio, é muito mais baixa (desce até aos 30 mt’s), do que o Monsanto a que estamos habituados que varia entre os 80 e os 200 e poucos metros de altitude.




LINK PARA O TRACK NO WIKILOC


Fotos tiradas no primeiro dia de prospecção, em que o sol raiava. Este marco assinala uma das pistas que se podem fazer ao optarmos por esta variante do Parque Florestal de Monsanto, mais virada a Sul.

Outra das muitas pistas que se estendem até este lado, agora assinalado.

Um dos pontos de interesse nesta variante é a vista. Para a encosta virada a Sul, podemos ver a outra margem do rio e toda a zona ribeirinha. Mais precisamente do alto deste heliporto, onde também há um marco geodésico.

Guarda Rios

domingo, 8 de novembro de 2009

Esta Sintra foi diferente…


Passados oito meses desde a última incursão, e depois de termos falado neste regresso muitas vezes, o Guarda Rios e o Zéi, voltaram aos trilhos e estradões de Sintra.
Da última vez em que lá tínhamos estado, ficámos a conhecer os magníficos singles para a praia do Abano. Foi com esses que encerrámos este nosso regresso. Mas um dos intuitos desta volta seria fazer uma prospecção por novos terrenos e tentar averiguar algumas hipóteses de percurso, com o objectivo de os fazer a médio prazo com o Alter Real BTT, no que provavelmente será, mais uma aventura deste grande Clube por terras da capital.
Este estudo acabou por ficar adiado para outra oportunidade (embora já haja muito material em track’s). E isto porque, das quase três horas e dos cerca de 40 km’s em que se inseriram os perto de 1200 mt’s de acumulado, as novidades que encontrámos, apesar de algumas terem um grande interesse, não têm de todo, uma sequência aproveitável.
Os primeiros 20 km’s, em que derivámos à descoberta de forma assumida, ficaram pejados de pontos repetidos, de bici na mão, de saltos a muros e de progressões em terrenos privados. Embora um pouco sem querer, vagueámos por entre muros de uma das muitas propriedades senhoriais de Sintra, em busca de um portão aberto que nos deixasse sair. Desse período, lembro-me de termos passado por belas vistas, e por algumas relíquias arquitectónicas, demonstradas pelas fotos.
Na segunda parte deste raid em Sintra, como o disse: - Diferente… Fomos parar aos Capuchos, de onde tomámos medidas para a Malveira da Serra. Através dos singles técnicos, serpenteando pelas muitas construções de madeira dos down hillers, por lá existentes.
Para o fim reservámos o melhor, O SIGLE PARA A PRAIA DO ABANO (um espectáculo), e o regresso pelas aldeias por estradões fabulosos.


Por entre quintas e muros à procura da saída.



Certamente de meados do século XX, este "salão" deve ter sido sede de alguns badalados eventos ´do antes 25 de Abril. Avista é magnifica.

Oh pra ela!


Noutra encosta, uns quilómetros mais à frente, dá para perceber quão privilegiado é o cume de que vos falo. Por trás aparece, na outra vertente do monte, o famoso Palácio da Pena.


Arrojadas construções de madeira para não menos destemidos aventureiros das descidas. Como será de perceber, não temos equipamento nem técnica para fazer a grande maioria destas manobras de perícia. Limitámo-nos a passar ao largo. - Mesmo assim, já assusta!


Uma das muitas imagens que vislumbramos quando apontamos para o lado do mar, mais precisamente para a Praia do Abano, em pleno Guincho.


Grandes trilhos, para o elevar da adrenalina. - Vale mesmo a pena fazer!


E lá está ele... O MAR!
Guarda Rios e Zéi


sábado, 7 de novembro de 2009

[ARQUIVO] CAMINHO PORTUGUÊS (PORTO-SANTIAGO)



LINK DO TRACK NO WIKILOC

LINK PARA AS FOTOS DO CAMINHO PORTUGUÊS: - MÁQUINA GALVÃO

LINK PARA AS FOTOS DO CAMINHO PORTUGUÊS: - MÁQUINA ANA ERNESTO

LINK PARA AS FOTOS DO CAMINHO PORTUGUÊS: - MÁQUINA ROGÉRIO MARTINS

LINK PARA AS FOTOS DO CAMINHO PORTUGUÊS: - MÁQUINA CÉSAR NUNES



Durante a nossa viagem foram-se escrevendo umas linhas, descrevendo algumas das ocorrências pelas quais íamos passando. Como forma de registo, para arquivo, aqui deixo esse texto, intitulado "Diário de bordo".

Ano de 2005 / Mês de Agosto

Diário de bordo para Santiago de Compostela

Primeira vez – Caminho português por Braga

Saída do Porto a 8 de Agosto, depois do almoço

Grupo: Eu; Ricardo Rosa; César Nunes e Ana Ernesto; Rogério Martins e Sandra Martins

Peregrinação – Dia 1

Saída do Porto (sé) +/- às 14.30 h. Levantar credencial mais almoço na rua das flores n.º 69.
Lá pelas 16.00 h avanço pelo caminho da dta. até Covelas, +/- 25 km. Chegada às 20.30 h. Hospedagem no albergue (alojamento) café São Gonçalo. Jantar francesinha. Deita às 23.30 h

Peregrinação – Dia 2

Saída às 7.00 h. Trajecto até Braga bastante acidentado, subidas e descidas em trilho até Braga +/- 44 km e não 41 como diz na carta. Almoçámos no rodízio brasileiro c /buffet a 4 euros.
Vamos á procura do caminho porque está incógnito. Começou a chover à saída de Braga, voltámos para trás e fomos para a pousada da juventude. Paguei 5 euros mais 1 euro pelo cartão, fiquei numa camarata para miúdas, mas ficamos lá os 6 numa camarata de 8.
Jantámos na Av. central

Peregrinação – Dia 3

Saída de Braga às 7.10 h. O caminho embora quase todo em trilho não tinha dificuldades de maior, mas mesmo assim eu ia caindo num buraco junto a uma obra, fiquei preso na malhasol. Antes disso, descobri um passmontagne da super bock.
Até Ponte de Lima, onde almoçámos, não há mais acontecimentos a registar. O almoço na “Parisiense” foi composto por: -Rojões e arroz de sarrabulho. Depois de almoço, fui buscar os carimbos na igreja matriz, e seguimos pela ponte velha, onde um homem local e ex peregrino nos contou que ir pela serra da labruja valeria a pena. E assim fizemos. Passei as “passas do Algarve”, das provas mais difíceis da minha vida. Montanhas tão íngremes que a bicicleta mesmo à mão não subia.
Depois de passar os restantes montes e dificuldades com túmulos à mistura, chegámos a Rubiães onde existe um albergue (hotel - o repouso do peregrino) onde a Sra. pediu 15 euros por pessoa, o que nos fez seguir para Valênça do Minho onde encontrámos um albergue novo e com todas as condições que um peregrino requer.
Antes disso tivemos uma dificuldade extra que foi termos que percorrer vários riachos fora do leito o que deixou as bicicletas irreconhecíveis.
Uma das nossas colegas perdeu-se por uns tempos (20 min. +/-).
Jantámos num restaurante, á base de combinados.

Peregrinação – Dia 4

Saída às 7.15 h. Passámos por Tuy (ponte velha) tomámos o pequeno-almoço em Tuy, na Av. Principal, que estava divinal, (bocadilho em cacete).
Até Redondela não houve dificuldades de maior. Antes disso almoçámos num parque público, umas "empanadas" que fomos comprar a uma "panederia". Descansámos um pouco, e seguimos.
Depois de Redondela surgem de novo as dificuldades com altas serras, escarpas e riachos com as suas pontes em ruínas (romanas ou não).
Até Pontevedra encontrámos de tudo. Como alguns desses troços bem exigentes, fiz sozinho, tomei consciência do quão difíceis eram, e que estava a passar por grandes dificuldades, as quais nunca tinha sequer visto antes. Algumas dessas dificuldades originaram conversas com o Ricardo Rosa, nas quais concluímos, que o “caminho” é realmente uma prova de vida. A história da “pinha” é uma dessas provas.
Em Pontevedra o albergue já é mesmo a sério. Estava cheio até á porta. Jantámos em frente do albergue por 6 euros (menu do peregrino).
Depois de Redondela paramos em Arcade, que tem uma bela praia fluvial onde tomámos um grande banho e lavámos a vista com umas belas “gallegas”.

Peregrinação – Dia 5

(Dia em que o Ricardo Rosa descobriu mais uma coisa à qual se afeiçoa. - Saltar das pontes, ficar em pé e com a bicicleta direita mas de pernas para o ar)
Saímos às 7.45 h do albergue de Pontevedra porque era muito grande e confuso. Mesmo assim podíamos ter demorado mais se não tivéssemos sido os primeiros a acordar. Antes de deixarmos o albergue chegamos a pensar que tínhamos que esperar pelo regente do albergue, porque o César deixou os ténis dentro de um guarda-vento na entrada, que ficou fechado durante a noite. Mas o Ricardo com a minha ajuda conseguiu abrir a porta do corta-vento sem estragar nada.
Seguimos, não sem antes termos tirado uma foto à porta da estação de caminhos de ferro de Pontevedra para oferecermos ao Kikas, que incentivou a nossa viagem e que tinha com Pontevedra uma ligação forte (nasceu lá o pai). – Acabo de ser interrompido pela novidade do Ricardo, ao dizer que o livro que ele pensa escrever sobre o caminho se vai chamar “ Saudinha da boa “. - Acho muito bem...
Continuámos em direcção a Padron. Com o avançar da jornada as dificuldades tornam-se cada vez menos surpreendentes, mas mesmo assim, apanhámos duas ou três subidas tipo parede, com cascalho pequeno tipo comboio.
Ah! É verdade. O Ricardo caiu numa pequena ponte de pedra.
Chegámos a Padron tratámos de comer, escolhemos a “pulperia rial” (altamente conceituada) onde comemos os famosos “pimentos de padron” - “uns pican outros non”, “pulpo a la gallega”, etc, etc. - A propósito, o vinho era muito bom.
Depois do almoço uns foram tratar dos carimbos, outros descansaram um pouco no muro ao longo do rio. Eu fui a um “taller” para ver se arranjava a minha direcção que já estalava há muito tempo.
Conversámos sobre o resto da viagem e concluímos que faltados 22 km, dos quais muitos eram a subir, deveríamos ir até Teo (último albergue) antes de chegarmos a Santiago. Foi uma boa decisão porque ficámos só a 12 km de Santiago e assim chegaríamos a tempo da missa no dia seguinte. O albergue era fixe, e foi a noite em que dormi melhor. Quando chegámos, estava lá uma peregrina sozinha, a Ruth (austríaca), não foi uma comissão de boas vindas mas também não era antipática. Fomos jantar perto e falámos de várias coisas interessantes.

Peregrinação – Dia 6 (a chegada), e a partida para chaves.

Desta vez acordámos às 6.30 h, mas saímos à mesma hora que no dia anterior. O percurso restante embora pequeno não é fácil, quase sempre a subir, passámos por um grande fogo já circunscrito que tínhamos visto no dia anterior a ser apagado a um ritmo alucinante por um helicóptero (...tal qual como no nosso pais...). Andámos cerca de uma hora e fomos tomar o “desayuno” numa vila perto de Santiago. A partir daí, a aproximação a Santiago foi feita em conjunto.
Quando estávamos a passar junto do hotel “hispéria peregrino”, que tinha sido o pouso do Ballet Gulbenkian quando cá esteve (comigo incluído), cruzamo-nos com a Ruth, que tinha saído do albergue às 5.30 h, mas a pé.
Quando subíamos a avenida que leva ao centro da cidade velha, saltou a corrente ao 18 (Ricardo), em mais um sinal do J. C., já que até aí, e apesar de várias peripécias, nunca tal lhe tinha acontecido.
Quando chegámos à Catedral, fomos tirar fotos para a praça central, a do Obradoro (km 0), onde eu disse aos meus colegas de Peregrinação, que eles tinham sido o grupo prefeito para aquela viagem, “do meu ponto de vista”.
Depois fomos tratar da compostelana, o que durou quase duas horas de filas, perdemos a missa do meio-dia, dedicada ao peregrino. Limitámo-nos a entrar na Catedral antes de irmos almoçar (a fome apertava).
Ficou claro para mim, que tenho que ir a Santiago de Compostela com a minha mãe num destes dias.
Comemos na Casa Manolo, o menu peregrino. Depois do almoço fomos para a estação de comboios, o Ricardo tinha o comboio às 16.30 h, e eu tinha que mudar a roda da frente com o César (o cubo da frente estava a gripar). Quando estávamos a mudar a roda, apareceram os outros do grupo, que eram para ficar em Santiago, dizendo que também queriam regressar ao Porto, (onde estavam estacionados os carros, mais propriamente em Rio Tinto). Foram comprar os bilhetes, e eu despedi-me deles e fiz-me à estrada às 16.10 h.
Tinha por objectivo chegar a Lalin, 53 km mais à frente, porque tinha um albergue. Mas apesar das subidas, (uma até aos 820 m de altitude), fui até 25 km de Ourense, onde dormi num pequeno hotel de estrada, tentando assim diminuir o percurso do dia seguinte.
Nessa noite, depois de averiguar da disponibilidade de quartos, fui tomar um banho e arrumar as minhas coisas, ao que se seguiu um repasto digno de alguém com muita fome, a ver a supertaça de Espanha.
No dia seguinte, sai de noite, lá pelas 7.30 h e desci até Ourense, e daí até Verin e Chaves. Com grandes subidas na parte final de Espanha, mas sempre por estrada.
Fui dando notícias à malta e acabei por chegar a Chaves perto das 14.00 h, hora portuguesa (uma hora mais do que em Espanha). Mas a tempo de chegar antes do que a minha família, que tinha saído de Lisboa pela manhã, e com a qual tinha combinado encontrar-me em Chaves.
Isto 135 km e 6 horas e meia depois, a mais de 24 km/h de média, com cerca de 12 kg de carga distribuídos por dois alforges traseiros, um saco-cama enrolado com o colchão, uma tenda que não usámos e uma bolsa de cintura.
Por esta altura ainda não era Guarda Rios

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

MONSANTO Recauchutado

Durante a marcação da volta de Monsanto para fazer com os Amigos de Alter do Chão, deparei com algumas mudanças no Parque Florestal.

Muitos dos traçados mais amplos, tipo estradão, estão agora com novo piso, várias camadas de brita prensada por cilindros, que lhes dão um aspecto compacto e robusto. Claro que a água e a força com que corre nas valas laterais, que para esse fim estão abertas e desimpedidas, acabam por fazer, mais tarde ou mais cedo, alguns estragos. - Vamos aproveitar estas vias, enquanto estão boas.
Em relação a alguns traçados que em tempos estavam pavimentados através de cimento ou alcatrão, alguns deles que pelo uso e erosão estavam a ficar intransitáveis, o que diga-se de passagem, até tinha algum interesse para o BTT, estão agora a ser requalificados em prefeitos tapetes de Alcatrão.

Pista de acesso ao Parque de Campismo de Monsanto, desde a estrada do Outeiro (perto do viaduto), até à rede que cerca a parte Norte do Camping. Outrora Uma mescla de pedra solta e alcatrão destruído. Era quase uma pista de donwhill radical, agora é um tapete que mais parece um espelho.

Especialmente pela Mata de São Domingos, mas também um pouco por Monsanto de forma geral, algumas delas bem assinaladas por placas indicadoras de obra, onde se pode ler aquele chavão de que "obra a obra, Lisboa melhora", estão a ser recuperadas muitas das vias de circulação principal. Algumas delas são aquelas que fazem parte dos 42 km's de traçados cicláveis que vêm registados na informação que a CML disponibilizou aos utilizadores, e do qual fiz um LINK para a coluna aqui da esquerda, onde estão algumas das páginas ou endereços com interesse para qualquer amante das Bicicletas.



Repórter Astigmático

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Fotos de Monsanto com o Alter Real BTT


Cá estão algumas das fotos que foram tiradas na última abordagem a Monsanto, em que o Digníssimo club de BTT de Alter do Chão (Alter Real BTT) se fez representar por 16 elementos, nos quais se contavam alguns simpatizantes e amigos. Foi um bonita jornada desta modalidade, que nos une a todos.

Ora vejamos:

O núcleo duro desta ORGANIZAÇÃO a tomar o pequeno almoço no Califa. No fundo, alguns dos representantes de um dos tentáculos deste REAL CLUBE... O MAIOR!


No local de partida, todos perfilados para a foto. Parque de campismo de Monsanto.


O deslumbramento de Monsanto, mais precisamente na Mata de S. Domingos, coberto pelo deslumbramento do colorido deste maravilhoso equipamento.


Grandes corajosos, após uma descida técnica em que não houve qualquer incidente a registar.


Um dos atletas do Clube num dos muitos pormenores deste belo parque Florestal de Monsanto.


Grande atitude.


Ainda deu tempo para ir-mos ver o autódromo de aeromodelismo, onde dois carros, um de cada escala, faziam as suas peripécias.


Durante o reabastecimento, no parque de estacionamento do Parque de diversões da Serafina.


Já na parte final da volta, em frente ao restaurante onde seria o almoço (Chimarão de Montes Claros), para uma foto final que regista este grande acontecimento. Pelo que alguns elementos deste grande clube alvitraram, esta não será a última aparição deste Clube em terras de S. Vicente. Para breve estará a monitorização de uma voltinha na Serra de Sintra, e, o possível regresso aos trilhos de Monsanto.
LINK DO BLOG DO ALTER REAL BTT COM MAIS FOTOS
Guarda-Rios (digníssimo consócio do ALTER REAL BTT)


terça-feira, 3 de novembro de 2009

Site das Ciclóvias de Portugal




Aqui está um SITE muito importante para quem tem Bicicleta e gosta de conhecer, quiçá usar, algum dos vários quilómetros que temos por esse país fora espalhados, e que nos permitem, para além de passear, conhecer este nosso pequeno "porto" à beira mar plantado.
Pela parte que me toca, apesar de já conhecer muitos destes trajectos, fiquei a saber que ainda há muitos mais que eu ainda não conheço.
Foi também com muito agrado que o "Repórter Astigmático" acedeu a colaborar com este site, no intuito de aumentar o arquivo de tal fonte informativa, quer a nível das imagens fotografadas, quer de alguns dados que pela constante busca de assunto para reportar, possa ter por aqui para facultar. O objectivo comum é dar tanta informação quanto possível, sobre todas estas formas de se poder circular com uma Bicicleta. O NézClinas e o Ciclovia unidos com o intuito de informar.
Além de ser muito abrangente e de estar em permanente construção/actualização, tem todas as características das Ciclóvias; Ecopistas ou Ecovias, com algumas fotos, track's e link's.
JÁ agora, se quiserem saber alguns dos significados dos termos que referi anteriormente relativamente às denominações que se dão a estas vias de circulação com Bicicleta, façam uma vista rápida a este sítio para ficarem elucidados.

Guarda Rios c/ o Repórter Astigmático

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

O ALTER REAL BTT VEIO A MONSANTO!

Decorreu com grande entusiasmo e elevação a Grande volta que o "Maior clube da Europa (quiçá, do Mundo)" efectuou por Monsanto, em Lisboa. Para este fim, deslocaram-se até ao ponto de encontro, no parque de Campismo de Monsanto, 16 ilustres Cicloturistas, dos quais, alguns vindos directamente de Alter.

Pelos estradões, trilhos e singles do sempre fascinante Parque Florestal de Monsanto, efectuou-se uma bela volta pelos traçados desconhecidos pela maioria dos intervenientes.

De uma forma geral a receptividade ao percurso foi a melhor, já que estamos a falar de trilhos e desníveis com alguma componente técnica de elevada dificuldade. - O verdadeiro rompe pernas!

Do registo elaborado para esta volta, não se pode cumprir tudo a que nos tínhamos proposto por imperativos de horários, quer dos banhos, quer do almoço. Mesmo assim a voltinha foi composta por mais de 30 km's de dificuldade média, em que para além de uns pequenos tombos e umas ligeiras mazelas físicas, nenhum incidente fez de protagonista.

Aqui fica a volta final :


Link do traçado no Wikiloc: http://www.wikiloc.com/wikiloc/view.do?id=601208



Imagem comparativa, entre o que foi projectado e o que nos foi realmente possível fazer.

Volta realizada em 01 de Novembro de 2009

Brevemente ... As fotos.