quarta-feira, 30 de setembro de 2009

VIA ALGARVIANA 09 Parte 2 (Silves-Monchique)

… Talvez os 38 km’s mais duros que tenha feito nos últimos meses. Acresce ao referido, o facto de estar em profunda baixa de forma.



Depois de ter feito esta Via em Abril deste ano com um grupo de animados amigos BTTistas, incluído numa soberba organização da Almargem, fiquei com água na boca, no sentido de a concluir logo que me fosse oportuno. Como, por imperativos inadiáveis, nessa Páscoa somente pude cumprir 3/5 desta Algarviana, completando as etapas: Alcoutim – Vaqueiros; Vaqueiros – Salir e Salir – Silves, ficaram-me a faltar as duas últimas: Silves – Marmelete (sem dúvida, a mais dura) e Marmelete – Cabo de São Vicente (a mais longa).
Ao marcar esta viagem, tentei em antecipação reservar a dormida, através da documentação que a organização forneceu, e que ainda disponho desde essa altura. Como essa logística não resultou, por Marmelete estar cheio, só me restou abreviar a minha primeira etapa desta 2ª parte (a quarta) e dormir em Monchique.
É assim que estou (estive) principescamente instalado aqui na pensão Estrela de Monchique, guardando para a última jornada mais de 100 km’s até à ponta de Sagres (CSV).
Hoje foi o verdadeiro rompe pernas pelos trilhos de seixo solto dos estradões das Serras dos concelhos de Silves e Monchique, num acumulado superior a 1500 mt. O que para pouco mais de 37 km’s, diga-se que é uma brutalidade.
Da Via, bem conservada, apenas digo que é pena os vários bloqueios a que alguns proprietários e aldeãos a sujeitam. Partes há que estão barradas de uma forma um pouco brusca.
Depois de nos primeiros quilómetros ser uma constante, a subida e descida em pequenos montes de íngremes inclinações, iniciamos a grande escalada até à torre de vigia do alto do Picoto, a mais de 750 mt de altitude. Em que a larga maioria do percurso está ciclável, como é de resto apanágio desta GR13. Apenas se exceptuam poucas ladeiras mais agrestes e acentuadas, que, com a minha forma (ou falta dela) não conseguiu vencer. Em redor da torre de vigia na serra de Monchique, e pelo aglomerado de pedra e inclinação, também não há qualquer hipótese de montar.

Belo começo de dia, com o sol a raiar, ainda cumpri com o meu dever de votar, para logo me fazer à estrada...

O céu não prometia grandes abertas, mas lá para baixo, acabou por estar celestial.


Junto ao castelo de Silves e à estátua de D. Sancho. Partes integrantes desta etapa.


Depois de Silves, no alto da primeira grande escalada, temos uma visão privilegiada do que ainda temos pela frente, nomeadamente, a Serra de Monchique. Assinalável é o bom estado de conservação deste miradouro/refúgio


Aqui está um bloqueio à passagem. Seguindo pelo estradão da direita, consegue-se atingir de novo o trilho uns metros mais à frente.


Aqui está um ponto de interesse desta passagem. Um pequeno cromeleque, propriedade de um estrangeiro inserido de resto, numa comunidade de muitas centenas, ou mesmo milhares, dos que povoam estas terras do interior algarvio.


Aí está ela, a Serra de Monchique, aproxima-se vertiginosamente.


Já lá bem alto, damos entrada para um bosque bem fechado, que nos fará sair junto ao picoto.


Monchique, visto cá do alto, a 750 mt de altitude. Esta vila situa-se entre os 400 e os 450 mt.


Rocha constante por estas bandas. Bicicleta à mão e toda a atenção, com os olhos no chão.


A torre de vigia da serra já ficou para trás.


Reinicio do bosque, agora no sentido descendente, em direcção à vila. Muito agradável esta pista de down hill... hi...hi...hi


Aqui está Monchique vista da encosta oposta, onde pela manhã iria recomeçar a aventura, mas de onde nesse dia, fui dar uma volta.

Esta etapa é dura mas imperdível!

Se puderem façam-na!
Sugestão do GR

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