terça-feira, 14 de abril de 2009

Para o ano há mais! (3º dia, último para mim)

Deste terceiro dia há bastante para salientar.

Para mim foi o mais completo, em que, diversos tipos de paisagem e dificuldade estão contemplados. Passámos por montes, vales, pistas de puro downhill, ribeiros, barragens, single-traks, mato, socalcos a pé, etc, etc.

Desta vez, e após o despertar comum no pavilhão da Escola 1,2,3 de Salir, fomos “brindados” com um magnifico pequeno-almoço na cantina da escola. Desde sumo de laranja natural até tostas mistas de pão saloio, comemos de tudo, e bem.
Com as bagagens carregadas no carro da M.S. e as Bikes lubrificadas, estávamos prontos para a partida.

O inicio do Passeio de hoje foi bastante agradável e desenrolou-se por single-tracks e zonas verdejantes maioritariamente habitadas.

Antes de começarmos a escalada do “primeiro” monte, tivemos que vencer algumas dificuldades, quer a nível de orientação, pois os track´s que dispúnhamos não eram inteiramente elucidativos, quer no terreno, que também estava um pouco confuso. De repente, parecia que estávamos a Caminho de Santiago.

Dessa espectacular subida, propícia para os mais dotados tecnicamente, não guardo grandes recordações. Por não estar devidamente aquecido, além de ter a barriga ainda carregada do “farto” peq. Almoço, deu-me muito trabalho digerir tal escarpa.

Lá em cima, e sempre acompanhado por um grupo de alegres convivas, rolámos num longo trilho maioritariamente plano e de elevada perícia para os condutores e para as máquinas. O duplo carreiro que de estende por muitos e muitos metros do cume da serra, está pejado de rochas, incrustadas na vermelha terra do solo.

Depois de passarmos um reservatório de água, começamos a descer em direcção a Alte. Bonita vila, que tem logo na sua entrada uma bela piscina de rio, um anfiteatro e uma fonte, onde, pela sua beleza fomos “forçados” a tirar algumas fotos.

Depois de Alte, e subindo a encosta que se gera à saída desta povoação, vamos dar a uma zona de socalcos que nos trouxe algumas surpresas, quer a nível da orientação, mas também no que à dificuldade diz respeito. Passámos grande parte de escarpa com as bicicletas “na mão”. Alguns preferiram mesmo, pô-las às costas. Mais uma peripécia vencida.

Depois de mais uma escalada, e antes de desembocámos numa estrada, achámos curioso o facto de alguns de nós “toparem” um forte cheiro a bolos. Estaríamos por certo na presença de uma pastelaria de fabrico próprio, daquelas que nos recordam madrugadas que acabam numa qualquer padaria a tentar matar a gula. Não resistimos e fizemos uma visita à dita. Uma média de dois bolos para cada um. – Não está mal!

Daqui, até à calçada romana (já por muitos, referenciada), foi um pulinho. Mais ou menos a meio, passámos por algumas dúvidas acerca do caminho a seguir, já que os dois traços indicadores da rota (Branco e vermelho) “mandavam-nos sair da calçada, enquanto os tracks GPS e as nossas referências nos mandavam pela calçada acima. Como temos seguido sempre o track, continuámos a nossa “contenda” e subimos a restante calçada romana.

Depois desta relíquia que para além do interesse histórico, também o tem a nível técnico/velocipédico, alcançamos uma estrada que se estende por uns belos metros, no que se tornou, no maior troço de asfalto que presenciámos até aqui.

De novo na companhia de uma povoação (S. Bartolomeu de Messines) somos conduzidos para outro estradão sinuoso que nos leva até aos ares da barragem. Por muitos e belos quilómetros contornámos a albufeira da barragem do Arado. Em constante sobe e desce, sempre perto da água, aproveitámos para algumas juvenis, mas sempre salutares “picardias”. Puxa daqui, puxa dali, rapidamente alcançámos o topo. Local de vista privilegiada, com uns aprazíveis bancos de madeira onde fizemos uma pausa e refeição ligeira.

Estávamos em amena cavaqueira, a fazer o resumo das dificuldades anteriores quando nos apareceram quatro dos nossos amigos algarvios, “malta” conhecedora da região, e que normalmente, anda sempre lá pela frente. Nesse grupo seguia o Sr. Amândio (cumprimentos Amândio. Vemo-nos por aí), e o companheiro do BTTTV, que todos os dias às Nove horas em ponto enviava a sua reportagem para tão importante site de BTT. Reportagens essas que incluíam entrevistas em directo, onde tive a honra de pôr uma colherada acerca do ambiente extraordinário que se vivia (e deve ter continuado a viver) entre toda a gente.

Depois das vistas, a descida para o paredão de betão que sustenta tanta água. Atravessámos para a outra margem, e logo nos enganámos na rota. Com o entusiasmo da descida que nos proporcionava tão bela vista, ficámos cegos perante a marca do trajecto, e subimos desenfreados pela encosta mais à direita. Lá em cima e depois de constatar (via GPS) que estávamos enganados, toca a descer. Como o Cláudio já estava muito à frente, já não nos ouviu o que fez com que tivesse que lhe telefonar para dar a triste novidade. Esperei por ele, enquanto os restantes membros do grupo iam subindo. Fizemos a escalada verdadeira (quase sempre à mão), pelo que terá sido uma das partes do percurso mais difícil até então.

Por entre grandes escaladas e melhores descidas, cruzámos um sem número de ribeiros, que elevaram o entusiasmo entre o grupo pela enorme adrenalina que sempre causa a sua travessia. Claro está que por tantas águas, o “Guarda-Rios”, e os seus colegas acabaram por tomar “banho”… Toda esta panóplia de hipóteses para o BTT terminou num cabeço, do qual se vislumbrava Silves, e todos os trilhos técnicos que nos esperavam até atingirmos a cidade. Nesses estradões, tão belos quanto perigosos, em que se atingem enormes velocidades, decorreu em sentido inverso, o Campeonato do mundo de subida que em 1999, tornou Cadeleveans o maior trepador na época.

De Silves, pouco tive oportunidade de conhecer, já que teria que apanhar o comboio que me levaria a Lisboa onde teria que “montar a tenda” para outra aventura que se iniciou algumas horas depois, e da qual vos darei notícias por aqui, logo que me seja oportuno.

A edição dos videis e o expor das restantes fotos, será logo a seguir. Talvez com inicio ainda hoje… Vou dando Novidades… Entretanto pergunto, como é que correu a restante VIA? Quem é que “ganhou”????...LOL

Grandes ABRAÇOS!!! Para todos os que conheci e dos quais guardo boas recordações!
Saudações Pedalo/Velocipédicas do cada vez mais “Guarda-Rios” (andei outra vez “debaixo” de água p’la “ROTA”)

1 comentário:

xeltox disse...

Grande João não páras homem.
Foi realmente uma semana memorável,e um enorme prazer ter o previlégio de te conhecer e aos restantes do grupo,espero que cada um de nós saiba manter este espirito que se formou ao longo destes dias "vamos todos juntos" e o divida com outros companheiros onde quer que estejam.
um abraço
e façam o favor de ser felizes
Apolinário